Norma Bengell também sentiu o peso de envelhecer no Brasil




Em 2012, Norma já escrevia sua autobiografia "Coisas que Vivi", que ainda não chegou a ser lançada, em cima de uma cadeira de rodas e sem dinheiro para pagar sequer seu plano de saúde e o salário de sua acompanhante. Em 2011, ela chegou a vender quadros de sua casa na Gávea, na Zona Sul do Rio, e joias para reduzir as dívidas, segundo uma reportagem do jornal "O Globo" de 5 de abril do mesmo ano.



De acordo com a mesma reportagem, os bens e as contas bancárias de Norma Bengell foram bloqueados depois que o Ministério da Cultura e o Tribunal de Contas da União verificaram irregularidades na prestação de contas do filme "O guarani" (1996), de direção dela própria. A artista chegou a ser impedida de assinar novos trabalhos como produtora.



Na mesma época, Norma Bengell batalhava para conseguir uma pensão do governo pelo período em que ficou presa durante a Ditadura Militar. Em entrevista ao jornalista Antônio Abujamra, da "TV Cultura", em 2010, a atriz disse que foi presa várias vezes durante a década de 1970, por seu jeito politizado, e chegou a ser banida de Belo Horizonte a pauladas.




Relegada ao esquecimento e ao desvalor ao qual estão submetidos os idosos no Brasil, Norma Bengell também sentiu como é duro envelhecer no país.

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