Envelhecer é coisa do século 21. Graças aos avanços da medicina, à tecnologia e ao conforto que o mundo moderno proporciona, cada vez mais gente consegue viver mais. Tirando os ícones bíblicos como Matusalém, a regra na antiguidade era morrer cedo. A bem da verdade, até meados do século 20, a expectativa de vida não era grande coisa.
Em 1940, a população brasileira vivia, em média, até os 42,7 anos, segundo a pesquisa Tendências Demográficas, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No ano 2.000, a expectativa já era de 70,4 anos. Quem nascer em 2013, deve, segundo o instituto, passar dos 72 anos de vida.
Por outro lado, tem menos gente nascendo no País. Na década de 1940, as mulheres entre 15 e 49 anos tinham, em média, 6,2 filhos. Na virada do milênio, essa média de natalidade já tinha baixado para 2,3 filhos por brasileira. Ou seja, com gente vivendo mais e menor número de bebês chegando, a questão do envelhecimento da população da Terra está na ordem do dia. De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), hoje, um em cada nove terráqueos tem mais de 60 anos. Nos próximos dez anos, esse contingente vai superar a marca de 1 bilhão. Em 2050, 2 bilhões de pessoas estarão na terceira idade.
O IBGE aponta ainda que no Brasil o número de idosos vai mais do que triplicar até 2050, chegando a quase 50 milhões. Por isso é tão importante se preparar para atender a essa população exigente, que combina forças e fraquezas relevantes.
No Grande ABC, de acordo com o Censo 2010, há 279.230 maiores de 60 anos (veja quadro) e algumas das cidades já se preocupam bastante em oferecer bons serviços para essa faixa de idade.
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Santo André, a cidade da região que possui o maior contingente nessa faixa etária, 90.992 habitantes, está engajada. Recentemente, a OAB de Santo André promoveu o Fórum Municipal do Idoso, em parceria com a Fati (Faculdade da Terceira Idade), na sede dessa escola.
Além disso, o Crisa (Centro de Referência para a Terceira Idade) de Santo André, equipamento da Secretaria de Inclusão Social do município, oferece atividades lúdicas, sociais e recreativas para esse público. Também há o projeto de Inclusão Digital, que conta com laboratório de informática.
São Bernardo, entre outras iniciativas, promove o projeto Vitalidade, focado na prática esportiva.
Em São Caetano, o impacto econômico dessa população é grande. Apenas o programa social Agente Cidadão Sênior, voltado à Terceira Idade, injeta R$ 271,2 mil mensais na economia do município. Além disso, a futura retomada do Cartão Mais Medicamento vai injetar cerca de R$ 250 mil no comércio da cidade. Um detalhe interessante relacionado à população de terceira idade é que ela é uma das grandes responsáveis por São Caetano ter a maior média de poupança do País: R$ 11.525,56 por habitante. A expectativa de vida dos são-caetanenses é bem mais alta que a média nacional e chega a 78,2 anos.
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