Aquele velho mito de que toda massagem para se obter o resultado final, deva causar a dor está sendo mudado com o passar dos anos. A massoterapia é uma atividade desenvolvida com as mãos, da mesma maneira em que é desenvolvida a massagem tradicional. Mas, conforme o técnico em massoterapia do Centro de Convivência da Terceira Idade (CCTI) da Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc), Lairton Machado da Rosa, o trabalho realizado é sutil, calmo e respeitando os limites dos idosos.
Ele atende nos 57 grupos de idosos de Criciúma, uma vez por semana e em aproximadamente quatro meses consegue circular em todos os bairros. O técnico explica que no início muitos tinham receio, mas que ao conhecerem a técnica, ganhou muitos adeptos. “Muitas pessoas confundem a massoterapia com o trabalho do massagista, pois pensam que para ter efeito tem que ter manobras agressivas, mas provamos que apenas com o toque leve também obtemos a melhora”, comenta Machado.
Para o profissional quando se trata de idosos, é preciso ser mais cauteloso. Muitos têm diabete, hipertensão, artrite, artrose, má circulação sanguínea, então foi necessário desenvolver uma atividade específica para essa faixa etária. “Tive que criar uma nova forma de aplicar a atividade, devido ao fato de o idoso ter pouca coordenação motora fina. Ele não tem muita sensibilidade de controle dos movimentos”, destaca.
Para os trabalhos nos grupos são usados fisiobol. Um instrumento essencial na vida dos idosos. “Por ser macia não permite o toque direto da mão com o outro, então trabalhamos em duplas, cada um proporcionando a massagem ao outro”, explica. A aposentada Maria Aldanir Rosso, de 66 anos, conta que já participou da atividade quando o profissional visitou o grupo do bairro São Cristóvão, além do passeio em no restaurante Romagna em Siderópolis, onde foi realizado atividade com diversos grupos. “Adorei essa tal de massoterapia. Fazia tempo que eu não relaxava tanto. Trabalhamos braços, pernas, cabeça, pescoço, enfim, nosso corpo agradece”, brinca Aldanir.
De acordo com a psicóloga do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Pessoa Idosa, Jadna Mendes, a massoterapia é uma oficina muito requisitada pelos idosos nos grupos. “Além de contribuir com o bem estar geral, proporciona uma melhor qualidade de vida. O que é feito nos grupos durante as oficinas, pode ser realizado em casa também estendendo assim os benefícios para toda família”, avalia Jadna.
Escalda pés contribui para o bem estar geral
Paralelamente às atividades realizadas em massoterapia, o profissional Lairton desenvolve em grupo o popular escalda pés. Muito usado em tempos passados, a atividade traz muitos benefícios aos idosos. Ela auxilia no combate ao resfriado, aumenta circulação sanguínea e elimina friagem dos pés.
Na visão do profissional, o escalda pés é uma atividade simples e acessível a todos, pois necessita de uma bacia, água quente e bolinhas de vidro. “Os pés ficam imersos na água quente, sendo massageadas pelas bolinhas de vidro. É recomendado em torno de dez a 15 minutos e nunca deixar a água esfriar, repondo com água quente até o final da sessão. Mas se a pessoa desejar um tempo maior, não há contraindicação”, ressalta.
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