No Brasil, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a catarata é a principal causa de cegueira, quase 50% dos casosFoto: Pena Filho / Agencia RBS
O jornal Ophthalmology, publicado pela Academia Americana de Oftalmologia, traz este mês um estudo de pesquisadores australianos que revela que pessoas com perda de visão relacionada à catarata que se submetem à remoção cirúrgica vivem mais do que aquelas que não passam pelo procedimento. Ao avaliar os dois grupos, cientistas descobriram uma redução de 40% no risco de mortalidade entre os pacientes que foram operados.
O estudo avaliou 354 portadores de catarata com mais de 49 anos durante 1992 e 2007. De acordo com a doutora Jie Jin Wang, que liderou a pesquisa, as causas para essa diminuição no risco de mortalidade entre os que tiveram a catarata removida cirurgicamente não são totalmente claras. No entanto, fatores plausíveis incluem melhor condicionamento físico e emocional, maior otimismo e autoconfiança com a recuperação da visão e da independência. A catarata causa de perda reversível de visão e afeta mais da metade de todos os norte-americanos na faixa dos 80 anos.
No Brasil, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a catarata é a principal causa de cegueira, quase 50% dos casos. Em seguida, aparecem glaucoma (15%) e retinopatia diabética (7%). A catarata é progressiva e vai deixando o cristalino todo embaçado, até a pessoa não enxergar quase nada. Antes disso, entretanto, ela já perdeu autonomia para fazer suas atividades diárias, trabalhar e até mesmo se locomover sozinha. Por isso, na opinião do médico do Eye Care Hospital de Olhos de São Paulo, Renato Neves, é importante prestar atenção em sintomas comuns e consultar um especialista tão logo comecem a surgir ‘nuvens’ embaçando a visão.
— Os principais sintomas da catarata são: baixa gradual e progressiva da visão; objetos parecem estar amarelados, embaçados, borrados ou distorcidos; dificuldade para se locomover à noite ou em cômodos com pouca luz; sensação de ofuscamento da visão na presença de muita claridade; estresse intenso e falta de interesse pelas atividades do dia a dia. Apesar de o principal fator de risco estar relacionado à idade, outras situações podem contribuir para a formação da catarata, como diabetes, trauma ocular, uso de determinados medicamentos de uso contínuo, consumo excessivo de álcool, superexposição ao sol e fumo, entre outros — afirma Neves.
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