A principal conclusão do estudo coordenado pelo sociólogo Manuel Villaverde Cabral e patrocinado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos é que os momentos mais felizes da população portuguesa mais idosa são vivos no seio da família.
O “Estudo sobre os Processos de Envelhecimento em Portugal”, a que a Renascença teve acesso, é apresentado esta quarta-feira à tarde e revela é com a família que os maiores de 50 se encontram quando precisam.
Nem sempre a procuram, mas é com ela que contam quando precisam de aconselhamento ou apoio para a resolução de algum problema. Estar com os netos, os filhos ou o cônjuge é fonte de felicidade.
Os casados e viúvos são os que mais se apoiam na família, enquanto os solteiros e divorciados nem tanto.
O estudo revela ainda que os homens participam mais em actividades exteriores, incluindo de carácter associativo, do que as mulheres, que optam pela área doméstica, juntando as tarefas caseiras, ao artesanato, a cuidar das crianças ou idosos, a ver televisão ou a ouvir rádio.
Saiem menos e, talvez por isso, às vezes sentem-se mais tristes e a precisar de apoio.
O que é isso do envelhecimento activo?
A expressão “envelhecimento activo” entrou no vocabulário mediático em 2012, quando teve honras de Ano Europeu. O conceito pretende que o envelhecimento se faça com saúde, sem saltos bruscos entre a vida activa e a reforma e defende a continuação da actividade remunerada ou não, com mais lazer ou mais oferta de apoio, desporto ou actividades que estimulem as capacidades físicas e intelectuais das pessoas.
É mais fácil pôr em prática com a ajuda de políticas públicas favoráveis e com os séniores mais novos (com mais de 50 anos), que têm um nível escolar mais elevado e consequentemente, uma carteira mais folgada que lhes permite aceder à cultura, fazer programas fora de casa, viajar ou conviver com familiares e amigos.
Ter saúde ajuda, mas a prática de algumas actividades também contribui para tornar os indivíduos mais saudáveis, terem melhor qualidade de vida e a serem mis felizes.
Com saúde, dinheiro, a disposição e os amigos a faltar à medida que a idade avança, os portugueses mais idosos ligam pouco às virtudes do envelhecimento activo.
A Renascença visitou Vilela do Tâmega, nas proximidades de Chaves, onde a população já se dedica às novas tecnologias, mesmo tendo na agricultura a melhor forma de passar o tempo.
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