O aumento da expectativa de vida do brasileiro e uma rotina mais ativa por várias décadas está levando o Brasil a um cenário bastante conhecido nos Estados Unidos. Um grande número de idosos sofre hoje com o desgaste da articulação do joelho, a artrite, popularmente chamada de artrose, e capaz de provocar dor, deformidade e dificuldade de locomoção.
"O joelho é uma articulação de carga, lesões prévias ou a longevidade, aliada a uma vida bastante ativa, podem levar ao desgaste, que é não só irreversível, mas doloroso", explica Maurício Lebre Colombo, ortopedista especializado em joelho e membro da equipe de Cirurgia do Joelho do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Só neste centro especializado, atualmente, são realizadas várias cirurgias desse tipo a cada mês.
Além da expectativa de chegar aos 70, 80 ou 90 anos com qualidade de vida, outro fator que tem motivado muitos idosos a optarem pela prótese, segundo o Maurício Colombo, é a evolução das próteses. Se antes, nos anos 1970 e 1980, elas tinham vida útil menor, hoje podem durar até 15 anos e há pacientes com a mesma prótese há 20 anos, sem substituição. "Paralelamente, a cirurgia tornou-se mais eficaz, menos agressiva, com corte menor e maior facilidade de recuperação."
Nos Estados Unidos, nunca esperam um paciente ficar incapacitado. "A política lá é manter a qualidade de vida, aqui no Brasil ainda há muita desinformação e as pessoas terminam por se conformar com a dor e o desconforto." A operação é recomendada normalmente a partir dos 60 anos e pode ser feita até os 80 ou 90 anos, se o paciente tiver boa saúde.
O diagnóstico da artrose de joelho é feito no consultório, com exame clínico, e um raio X ajuda a verificar o grau do desgaste. Pacientes com artrite reumatóide e outras doenças reumáticas têm chance maior de desenvolver o quadro e precisar de uma prótese.
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