Oftalmologista Luiz Guilherme Freitas alerta sobre os cuidados necessários ao tratamentoUma nova forma de ver a vida, com otimismo e bom humor, pode ser a principal receita para conseguir superar as inúmeras dificuldades de quem sofre com problemas de visão. Considerada uma doença silenciosa, mas com rápida progressão, a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) ainda é pouco conhecida e afeta diretamente a qualidade de vida dos idosos.
“Comecei a perceber uma mancha em tudo a minha volta, como se minha visão estivesse borrada. Passei a enxergar algumas coisas tortas e já não conseguia fazer coisas bem simples dentro de casa, como caminhar ou pegar algum objeto. Foi então que pensei, chegou a hora de me encostar em alguém!”, brinca o aposentado Antônio Furtado de Macêdo, de 70 anos, acompanhado durante a consulta a um oftalmologista, no bairro de Casa Forte, na Zona Norte do Recife.
Doença já afeta milhões de pessoas no mundoA DMRI é a principal causa de cegueira em pessoas com mais de 50 anos e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), afeta mais de 30 milhões de pessoas em todo o mundo. Pontos luminosos, marcas no centro da visão e diminuição da sensibilidade aos contrastes de luz, também fazem parte dos sintomas deste mal, que se subdivide nas formas seca e úmida. “Grande parte dos atendimentos a pacientes nesta faixa etária, acabam evidenciando um quadro deste tipo de degeneração. São cerca de 50 casos por mês”, ressalta o especialista em Retina e Vítreo, Luiz Guilherme Freitas.
De acordo com o médico, se não houver tratamento, esta forma de degeneração pode levar a uma perda de visão permanente, sendo de extrema importância que sejam reconhecidos precocemente os sinais e os sintomas, sendo tomadas medidas imediatas para buscar o devido acompanhamento. “Desde que comecei a receber estas injeções, senti uma discreta melhora, mas, acho que estou no caminho certo. Não adianta me desesperar, ainda voltarei a ver as coisas boas da vida novamente”, afirma ‘Seu’ Antônio, em meio a risadas. Ele se refere ao medicamento aplicado diretamente nos olhos, coibindo a continuidade do crescimento dos novos vaos sanguíneos.
A alegria do idoso, que reage bem ao tratamento, consegue ser uma exceção, já que a dependência e a incapacidade de realizar certas atividades acabam culminando, na grande maioria dos casos, em quadros de ansiedade e depressão clínica. “Esta doença afeta tanto a visão de longe como a de perto. Os pacientes que apresentam baixa de visão severa, ainda podem se utilizar de lentes especiais , equipamentos e acessórios, para tentar minimizar o desconforto”, explica Freitas.
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