Quando se discute a questão do envelhecimento da população e o impacto na sociedade, a coisa certa a se fazer é descartar clichês que mostram senhoras idosas driblando agulhas de tricô em casa ou senhores jogando bocha. O conceito de velhice está mudando. A sabedoria popular nos ensinou que "a vida começa aos 40". Hoje, o correto - e o mais real - é que "a vida se reinventa aos 60".
Em 2050, a população mundial de pessoas com mais de 65 anos terá passado dos atuais 776 milhões para 2 bilhões (ONU). No Brasil, onde a taxa de natalidade vem caindo, os dados do IBGE mostram que seremos uma sociedade de adultos já em 2025. Uma agravante no caso brasileiro é que nossa sociedade não se desenvolveu antes de envelhecer, ao contrário dos países desenvolvidos nos quais o crescimento econômico precedeu o envelhecimento da população.
Essa constatação deveria acender todas as luzes ao longo de todos os túneis. E a explicação é única: seremos idosos um dia, mas ainda somos jovens o suficiente para mudarmos o futuro. É hora de adotar, nos mais variados setores, iniciativas para garantir tanto a qualidade de vida aos idosos, como também a sustentabilidade das políticas públicas, principalmente nos setores da atenção à saúde e da previdência.
Neste contexto, merecem mais que divulgação as recentes iniciativas do Estado de criação do Selo Amigo do Idoso, do lançamento do programa "São Paulo Amigo do Idoso" e ampliação dos Centros de Convivência e da reforma e modernização do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) para atender os usuários do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), com foco no atendimento do idoso. Ao abraçar a ideia de transformar o Estado de São Paulo no primeiro Estado realmente amigo do idoso e adotar medidas práticas para viabilizá-la, o Governador Alckmin colocou sua marca no futuro da sociedade brasileira.
No Iamspe, a preocupação não é só prestar atendimento médico diferenciado ao idoso, mas garantir, e difundir, uma cultura de acolhimento e cuidados. O Instituto responde hoje pelo atendimento médico de 10% da população idosa do Estado de São Paulo. São anos de expertise e pesquisas médicas voltadas ao atendimento do paciente idoso. Muitos são os programas de prevenção e promoção da saúde, imprescindíveis para um futuro com mais qualidade de vida. O corpo clínico do Iamspe domina técnicas cirúrgicas para melhorar a saúde de quem já passou dos 60 anos e tem toda uma vida pela frente.
Quem sabe o empenho e os esforços diários dos profissionais do Iamspe para transformar o Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) na principal referência no atendimento ao idoso na América Latina se tornem realidade. Afinal, não se trata apenas de mudanças que serão viabilizadas por obras em edificações mais modernas e compra de novos equipamentos, mobiliários e utensílios adaptados, também, para a terceira idade.
Juntamente com obras e equipamentos, o Iamspe continuará investindo em melhores processos de trabalho, no desenvolvimento de seus profissionais por meio da capacitação continuada e no acolhimento de familiares e cuidadores. Afinal, o perfil da população atendida hoje pelo Iamspe é o Brasil de amanhã.
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