É uma ligação que se calhar poucas pessoas reconhecem, mas é inequívoca. Há estudos que mostram já que "a hipertensão está a preparar caminho para as demências, sejam elas vasculares mas também neurodegenerativas como o Alzheimer", explica Miguel Viana Batista, médico do Hospital Egas Moniz, num sessão especificamente dedicada ao doente idoso, no Congresso Português de Cardiologia.
A sua sessão incidiu sobre o compromisso cognitivo vascular, ou seja, sobre as ligações entre as doenças cardiovasculares e neurológicas, como as demências. "Quando falávamos de idosos, antes dizíamos que alguém estava aterosclerótico, agora o que se diz é que está demente ou tem Alzheimer", quando na verdade, desmistifica, podem ocorrer as duas ou mesmo estar ligadas.
O médico refere um estudo de Framingham, em que os hipertensos já têm lesões subtis na massa branca já a partir das décadas dos 40 ou 50, mas também na massa cinzenta, indicativo de que "se está a preparar caminho para as demências", explica.
É por essa razão que alerta para a necessidade de "aproveitar a evidência de forma a que se previna a hipertensão na meia idade e em idosos mais jovens, para prevenir as demências".
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