O excesso de tarefas em casa ou no trabalho durante um longo período é uma ameaça grave para a saúde. Além de enfraquecer o sistema imunológico e aumentar o risco de doenças cardiovasculares, o estresse prolongado acelera o envelhecimento – e não só em sua aparência externa, como descobriram os pesquisadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco.
O grupo liderado por Elissa Epel examinou, entre outras coisas, os glóbulos brancos das mães de crianças com doenças crônicas. Perceberam que o esgotamento mental a que foram submetidas durante anos fazia com que o relógio biológico das células de defesa dessas mulheres andasse muito mais rápido.
O parâmetro de medida foi o comprimento dos telômeros, espécie de “capas protetoras” dos cromossomos, que encolhem a cada divisão celular até perder a função. Apesar de a enzima telomerase adicionar constantemente novo material genético aos cromossomos, também esse mecanismo se enferruja com o tempo. De acordo com o comprimento dos telômeros, as células de mães estressadas – em comparação com as mães menos solicitadas – tinham envelhecido aproximadamente dez anos. E a telomerase estava claramente deficitária. Na opinião dos pesquisadores, as consequências do estresse sobre o corpo devem-se, pelo menos parcialmente, a este processo bioquímico acelerado.
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