Estudo revela que idosos que se exercitam, não fumam e levam uma vida social ativa são mais propensos a manter a função cognitiva
Envelhecer não implica necessariamente na perda da função cognitiva. Um novo estudo, publicado na edição de junho da Neurology®, revelou que características e hábitos de vida e cuidados com a saúde estão fortemente associados à manutenção das capacidades intelectuais de idosos.
Durante oito anos pesquisadores acompanharam 2.500 pessoas com idades entre 70 e 79 anos, e as submeteram a vários testes de habilidades cognitivas, sendo que muitos dos participantes já apresentavam declínio na função cognitiva. Durante a pesquisa, 53% dos voluntários apresentaram declínio considerado normal conforme envelheciam e 16% mostraram prejuízo cognitivo mais acentuado. No entanto, 30% dos participantes não apresentaram mudanças em seu desempenho nos testes ao longo dos anos. Os pesquisadores examinaram então quais fatores diferenciam as pessoas que mantiveram as habilidades cognitivas das que perderam algumas habilidades.
Idosos que se exercitam pelo menos uma vez na semana, possuem no mínimo ensino médio completo, um bom nível de instrução, não fumam e levam uma vida social ativa são mais propensos a manter a função cognitiva na velhice.
Para a autora do estudo Alexandra Fiocco, da Universidade da Califórnia, em São Francisco, muitos dos hábitos prejudiciais podem ser mudados. Segundo ela, descobrir fatores associados à manutenção da cognição que favorecem ou retardam o início da demência faz com que as próprias pessoas se responsabilizem, ao menos em parte, pela qualidade de seu processo de envelhecimento. “Além disso, esses resultados podem ajudar a entender os mecanismos envolvidos no envelhecimento saudável”, afirma a pesquisadora.
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