Um em cada três idosos nos Estados Unidos morre vítima do mal de Alzheimer ou outra forma de demência, segundo um estudo divulgado na terça-feira (19) pela Associação Americana de Alzheimer.
"Hoje não há sobreviventes da doença de Alzheimer", salientou o presidente da associação, Harry Johns.
"Agora sabemos que um a cada três idosos morre com Alzheimer ou outro tipo de demência, e é urgente atuar porque, diante de uma população que envelhece, um número crescente de pessoas pode ser vítima dessa degeneração cerebral incurável, sem nenhum tratamento para reduzir ou deter seu avanço", acrescentou.
O Alzheimer é a sexta causa principal de morte nos Estados Unidos, com 83.494 óbitos em 2010, um aumento de 39% em dez anos, apontam as últimas estatísticas nacionais.
Segundo estimativas da Associação Americana de Alzheimer, 450 mil pessoas devem morrer em 2013 vítimas da doença ou de causas associadas a esse mal.
Uma pesquisa recente sobre o tema, feita a partir de dados dos EUA, mostrou que a demência é o segundo fator mais importante de mortalidade entre os americanos, atrás apenas da insuficiência cardíaca.
Assim, entre as pessoas de 70 anos que sofrem de Alzheimer, o risco de óbito no prazo de dez anos é de 61%, contra 30% para os que não sofrem da doença, destaca o estudo.
O Alzheimer atinge 36 milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo 5,5 milhões de americanos. Em 2050, esse número poderá alcançar a 13,8 milhões de americanos.
O custo para o sistema de saúde dos EUA é elevado e poderá ser da ordem de US$ 203 bilhões (R$ 406 bilhões) em 2013, dos quais US$ 142 milhões (R$ 284 milhões) seriam para o Medicare, seguro federal destinado aos aposentados, e o Medicaid, cobertura para os pobres, segundo estima a Associação Americana de Alzheimer.
Sem avanços médicos contra a doença, esse custo deve aumentar 500% em 2050, até chegar a US$ 1,2 trilhão (R$ 2,4 trilhões), como previu a entidade.
Segundo a fundação privada de luta USAgainstAlzheimer, os EUA devem destinar US$ 2 bilhões (R$ 4 bilhões) anuais a pesquisas para combater o Alzheimer, ou seja, 4,4 vezes mais que o orçamento atual.
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