Visão embassada – Envelhecimento ocular


Com a idade a visão vai enfraquecendo, ficando embassada e causando grande desconforto aos idosos e provocando a invalidez. Inúmeras alterações morfológicas que ocorrem no aparelho visual são responsáveis pela diminuição e perda da visão. Por exemplo, os músculos oculares sofrem atrofia, levando aos idosos, freqüentemente, dificuldades de virar os olhos para cima ou manter a convergência, ocasionando erros de refração (miopia, astigmatismo e presbiopia). Na retina, também, as perdas funcionais dos bastões, dos cones e de outros elementos neurais (vídeo) que causam reduções da acuidade visual. As lesãoes oculares estão ocorrendo mais intensamente que no passado, isto se deve ao uso abusivo do nosso aparelho visual, ficamos mais tempo com luzes mais intensas que a luz de vela ou lampião, ficamos mais tempo em frente aparelhos que emitem luz como televisores, computadores, celulares, tablets, etc.

Os países ensolarados como o Brasil os efeitos das radiações Ultravioleta ( luz solar é uma fonte significativa das radiações UV, que são divididas em duas faixas principais, a UV-A e UV-B. UV-A) é a radiação de comprimento de onda mais longa, perto do azul no espectro visível e a que normalmente induz à lesões da retina (Degeneração da Macula) entre as pessoas acima de 60 anos.

Inicialmente assista o vídeo como se forma a imagem e ocorre a visão


Envelhecimento do Cristalino – Com o envelhecimento ocorre um aumento do tamanho do cristalino à medida que se acumulam fibras velhas em seu núcleo. O núcleo torna-se mais compacto e rígido (esclerose nuclear), aumentando a força relativa do cristalino e agravando os quadros de miopia (dificuldade de focar objetos distantes). Outra alteração da refração visual que ocorre com o envelhecimento é o desenvolvimento da presbiopia (dificuldade de focar objetos próximos) devido a esclerose nuclear do cristalino e a atrofia da musculatura ciliar. Os idosos apresentam perda da reserva da capacidade de acomodação da musculatura ciliar do cristalino agravando a hipermetropia ou a miopia.
Catarata – A catarata é a denominação dada a qualquer opacidade do cristalino*, que não necessariamente afete a visão. É a maior causa de cegueira tratável nos países em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial de Saúde, há 45 milhões de cegos no mundo, dos quais 40% são devidos à catarata. As causas não estão bem definidas, porém estudos epidemiológicos revelam associação de catarata à idade. Assim, estima-se que 10% da população norte-americana têm catarata e que esta prevalência aumenta em 50% no grupo etário de 65 a 74 anos, enquanto em pessoas acima de 75 anos a incidência aumenta para 75%.
Como toda a luz que entra no olho deve passar pelo cristalino, qualquer parte do mesmo que bloqueie, distorça ou difunda a luz pode alterar a visão. O grau de deterioração da visão depende da localização da catarata e de quão densa (madura) ela está. Frente à luz intensa, a pupila contrai, estreitando o cone de luz que entra no olho, de modo que a luz não consegue passar facilmente através da catarata. Por essa razão, as luzes intensas são especialmente incômodas para muitos indivíduos que apresentam catarata, os quais enxergam halos em torno de lâmpadas, clarões e difusão da luz.
Envelhecimento da Córnea – Outra estrutura que sofre com o envelhecimento é o endotélio da córnea, e como estas células raramente se proliferam durante a vida adulta, a população diminui, promovendo a formação de irregularidades na face interna da câmara anterior, na qual podem se acumular pigmentos, levando a uma diminuição da acuidade visual.
Degeneração na retina
Degeneração macular senil – Em 2002, Conselho Brasileiro de Oftalmologia apontam que aproximadamente 2,9 milhões de brasileiros, com mais de 65 anos de idade, apresentam casos de degeneração macular senil, também conhecida como degeneração macular relacionada à idade (DMRI), e com o aumento da expectativa de vida, é natural que este número se eleve. A moléstia afeta cerca de 30 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo a maior causa de cegueira a partir dos 50 anos.
Por DMRI conhecemos os danos ou falência da mácula, uma região muito pequena e central da retina que é responsável pela precisão da “Visão Central”, a qual usamos para ler, dirigir, reconhecer fisionomias, etc. É o ponto da retina no qual os raios de luz se encontram após serem focados pela córnea e pelo cristalino do olho (veja a figura). Se a mácula estiver lesada o olho ainda vê objetos nos lados “Visão Periférica” pois somente a parte central da visão é bloqueada, é como se uma mancha fosse feita no centro de uma gravura e as imagens ao redor da área manchada ainda pudessem ser estar claramente visíveis.
Glaucoma – O glaucoma é um distúrbio caracterizado por aumento da pressão intra-ocular que pode causar uma diminuição de visão, variando de perda pequena à cegueira absoluta.

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