Cognição e Envelhecimento


As mudanças relacionadas ao avanço da idade são evidentes em todo o organismo e o impacto também depende da condição de saúde, ou a chamada “reserva funcional” acumulada ao longo da vida.
Os estudos de performance em testes neuropsicológicos com populações de idosos saudáveis apontam a ocorrência de declínios em algumas habilidades cognitivas nas diferentes décadas do envelhecimento. Entre eles, a partir da sexta década de vida, passa a ocorrer menor eficiência de desempenho quanto à velocidade de processamento cognitivo em geral. Ocorre também declínio da habilidade visoespacial para performance em desenhos, montagens, percepção de detalhes e padrões visuais. Podem ocorrer também leves mudanças nas habilidades atencionais, de memória para nomes e de aprendizagem para novas informações.Deve-se estar atento ao fato de que mudanças cognitivas marcantes e com impacto no funcionamento no dia a dia, não são compatíveis ao esperado para o envelhecimento normal, e podem estar associadas à condições clínicas, como o Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) ou Síndromes Demenciais em evolução, sendo, neste caso, necessária uma investigação clinica para diagnóstico.
Estudos recentes apontam que, ao longo da vida e na fase do envelhecimento, há pelos menos dois fatores protetores que favorecem o “envelhecimento cognitivo normal”, tais como a pratica de exercícios físicos e a manutenção de atividades que envolvam a utilização da capacidade intelectual, como atividades ocupacionais, aprendizagem de novas habilidades, atividades sociais e de laser, leituras e atividades ativas de “passa a tempo”, como sudoku, palavras cruzadas e quebra cabeças.Autor: Walkiria Luciana Boschetti, Psicólogahttp://www.einstein.br/blog/Paginas/post.aspx?post=1236

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