Estima-se que Angola tenha cerca de 17 milhões de habitantes.
Quatro por cento destes habitantes são idosos, de acordo com o ministério da Reinserção Social. O equivalente a pouco mais de meio milhão (680 mil) mas que o Governo não consegue prestar assistência social.
Gente que teve envelhecimento precoce devido aos efeitos da guerra civil de cerca de três décadas, como reconhece o relatório da instituição.
O MINARS recomendou, por isso, um estudo para obter dados fiáveis sobre a situação sócio-económica desta franja da população.
A instituição oficial veio a público falar sobre a situação das pessoas da terceira idade, por ocasião do dia do idoso, que se celebra esta sexta-feira.
Dentre os principais problemas que afectam o idoso em Angola, o documento cita a fragilidade dos serviços de saúde, água potável e equipamentos específicos.
A esperança de vida dos angolanos é actualmente estimada em 49,1 anos de idade.
No entanto, segundo os especialistas, esta expectativa depende da vida social das pessoas.
Assim, afirmam que as pessoas que habitam os centros urbanos podem chegar aos 54,6 anos de idade, ao passo que as das zonas rurais têm uma esperança aproximada aos 43 anos.
Segundo uma pesquisa recente referida pelo director do centro de estudo, pesquisa e desenvolvimento da escola nacional de administração, José Ribeiro, o nível de escolaridade influencia bastante.
Neste sentido, disse que os que não têm escolaridade podem chegar aos 44 anos e os habilitados com o ensino primário aos 48 anos de idade. Por seu lado, os que têm o ensino secundário podem atingir a fasquia dos 61 anos, acima da idade da reforma em Angola.
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