PORTUGAL: Programa «Vassouras & Companhia» leva idosos de Lisboa ao banco, ao supermercado e à missa


Mais de 60 idosos da freguesia de São José, em Lisboa, vão ao banco, ao supermercado ou à missa acompanhados por técnicos do programa “Vassouras & Companhia”, que pretende facilitar o dia-a-dia dos mais velhos.

“Este é um projeto que visa dar apoio ao idoso e aos dependentes, mesmo que temporários. Fazemos a lida da casa, a higiene, compras, recados, vamos com eles ao banco levantar a reforma para não irem sozinhos e acompanhamo-los na simples ida à igreja ao domingo de manhã”, explicou hoje à Lusa Vasco Morgado, presidente da junta de freguesia de São José.

Além do apoio que presta, o programa “Vassouras & Companhia” foi escolhido entre mais de 500 mil para ser um dos finalistas do concurso do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e Solidariedade entre Gerações 2012.

“O facto de estarmos na fase final do concurso já é muito bom e o facto de ser uma entidade externa a dar-nos este valor ainda mais”, frisou o autarca.

Vasco Morgado fez questão de sublinhar que “houve mais de meio milhar de candidaturas” ao concurso, que decorre em Bruxelas e cujo vencedor será anunciado na terça-feira.

Para o presidente da junta, o “Vassouras & Companhia” é também um “aproveitamento dos projetos de inserção social”, uma vez que vai “buscar pessoas ao rendimento mínimo social para prestarem apoio aos idosos e dependentes”.

“As pessoas continuam a receber do rendimento mínimo, nós pagamos-lhes mais 20 por cento e subsídio de alimentação e elas podem continuar a tentar arranjar emprego”, explicou.

Atualmente, o programa dá apoio a 63 pessoas e “emprego” a 11.

O sucesso do “Vassouras & Companhia” está a ser tanto que outras freguesias e a Santa Casa da Misericórdia já lhe pediram ajuda.

“Mas o nosso programa vai mais além: já ajudámos uma idosa a arranjar uma casa com mais condições e já socorremos idosos que encontrámos caídos no chão”, sublinhou Vasco Morgado.

Apesar de a junta de freguesia de São José ser uma das que vai ser agregada a outras no âmbito da reforma administrativa, o autarca está confiante de que este programa não vai acabar.

“Acho que não deve acabar. Deve é crescer e, neste momento, já temos capacidade para aumentar. Temos pedidos de ajuda e já pedimos mais pessoas à reinserção social”, afirmou.


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