O aumento da expectativa de vida nos últimos anos tem acarretado para o Brasil uma população cada vez mais idosa. Mas o problema não é envelhecer; a questão é envelhecer com qualidade. Até pouco tempo, o País não estava se desenvolvendo, em termos de saúde, na mesma proporção que a população envelhecia. E o ideal é termos uma população idosa e com saúde, com a melhor qualidade de vida possível.
Além da superlotação dos serviços de saúde pública e da falta de leitos até nos hospitais particulares, não havia como o Governo Federal ignorar o atendimento domiciliar. Assim surgiu o programa Melhor em Casa, com atendimento de saúde no domicílio do paciente, geralmente crônico ou com dificuldade de locomoção. Aplaudimos. Sabemos da importância dessa iniciativa.
Acompanhamos o drama de muitas famílias que desejam mais qualidade de vida aos seus doentes. E lembramos saudosos de dona Maria Sodré da Mota Borba, de 102 anos, falecida em janeiro, que chegou, lúcida, aos 102 anos, recebendo em casa profissionais da Interne regularmente. Assim, não precisava sair de casa, já que a idade não permitia longos deslocamentos. Contribuímos, portanto, com sua alegria de viver, de viver mais e melhor.
Atualmente, no Brasil, 64,4% das pessoas com mais de 60 anos, já são atendidas pelo Melhor em Casa. Dados entre abril e junho deste ano revelam que 2.302 pacientes já recebem estes serviços. Tanto as home cares particulares quanto o serviço prestado por empresas privadas contam com equipes multidisciplinares que atendem pessoas em casa com necessidade de reabilitação motora, idosos, pacientes crônicos sem agravamento ou em situação pós-cirúrgica, com possibilidade de desospitalização. Apoiamos, portanto, a estratégia Envelhecimento Ativo tão bem conduzido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Defendemos o contato com o paciente. Os bons profissionais, treinados e dedicados, ensinam hábitos saudáveis de vida, como alimentação balanceada, prática regular de atividades físicas, convivência social estimulante, atividade ocupacional prazerosa e mecanismos para atenuar o estresse. Em contrapartida, desestimulamos a prática do tabagismo, do alcoolismo e da automedicação, considerados nocivos.
Ao trabalharmos uma melhor qualidade de vida para nossos idosos, apostamos no envelhecimento natural da população brasileira. O Brasil acolhe cerca de 21 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, de acordo com o IBGE. Com isso, nosso País ocupará o sexto lugar no total de idosos em 2025, com 32 milhões de pessoas com 60 anos, ou mais, de idade. Tanto os programas do Governo quanto os serviços das empresas privadas, planos de saúde, convênios, ajudam muito a reduzir internações desnecessárias e tendem a dar melhor qualidade a velhice da população. E para esses serviços devemos ter um olhar diferente. Por tudo isso precisamos de políticas de incentivo.
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