A terapia genética para aliviar sintomas do Mal de Parkinson (distúrbio neurológico no qual o paciente começa a perder o controle dos movimentos) estava em franca evolução durante os anos 90, até que houve acidentalmente a morte de um paciente americano, em 1999, decorrente dessa prática. Desde então, por cautela, a medicina deixou de lado a técnica de realizar cirurgias cerebrais para repor genes que ajudem o paciente a recuperar parte dos movimentos. Mas um grupo de pesquisadores da Universidade de Ohio, nos EUA, seguiu acreditando nessa alternativa e mostra resultados efetivos.
O tratamento mais comum para o Parkinson são as chamadas cirurgias de placebo. Medicamentos ou cirurgias placebos são procedimentos nos quais não há uma efetiva mudança no organismo, mas são feitas para obter um efeito psicológico no paciente e diminua sua ansiedade e os efeitos nocivos que ela causa. O efeito delas nos pacientes foi limitado, mas largamente usado porque ainda não existe uma cura definitiva para esta doença.
Um dos cientistas envolvidos neste estudo é Matthew During. Ele conta que foi feita uma pesquisa comparativa entre pacientes que receberam terapia genética e outros que foram submetidos à cirurgia placebo. Seis meses após as aplicações dos tratamentos, houve melhora de 23,1% nos movimentos (a partir de uma escala fixa usada para medir a eficiência de pacientes do Parkinson), contra 12,7% daqueles que tiveram a cirurgia placebo.
O segredo da nova terapia, segundo os pesquisadores, é agir em uma área do cérebro que tem força redobrada em pacientes de Parkinson: o núcleo subtalâmico. Aparentemente, uma atividade neste núcleo é o que impede a passagem perfeita dos impulsos nervosos do cérebro para os músculos, o que causaria distúrbio nos movimentos. [ScienceNews]http://hypescience.com/tratamento-genetico-para-o-parkinson-volta-a-ser-empregado/
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