Resolução afirma que a falta de evidências científicas e os malefícios que trazem à saúde não permitem o uso desses tratamentos.O Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu os médicos de receitarem indiscriminadamente tratamentos com hormônio que prometem frear o envelhecimento.
Dezenas de cápsulas, pomadas, doses diárias de hormônios que prometem a fonte da juventude. Tratamentos que chegam a custar mais de R$ 1 mil por mês, mas que agora estão proibidos pelo Conselho Federal de Medicina.
A resolução afirma que a falta de evidências científicas e os malefícios que trazem à saúde não permitem o uso de terapias hormonais com o objetivo de prevenir o envelhecimento.
“Há uma venda de ilusões com esse apelo de dizer que esses produtos impedem o envelhecimento. Não é. O envelhecimento é um processo biológico que todos nós, se quisermos viver bastante tempo, vamos ter que atravessar”, esclarece o presidente do CFM, Roberto Luiz d'Avila.
É importante que fique claro que hormônios muitas vezes são indicados, e até extremamente recomendados, para alguns pacientes que apresentam deficiências hormonais, como por exemplo, crianças com problemas de crescimento e algumas mulheres quando chegam à fase da menopausa. O que o Conselho Federal de Medicina condena é a oferta indiscriminada de hormônios por médicos que oferecem tratamentos, supostamente, milagrosos.
Há dois meses, o Fantástico mostrou flagrantes de médicos que prometiam o impossível. E sempre com a garantia, falsa, de prevenir o câncer. O problema é que hormônios em excesso ao invés de prevenir, podem provocar doenças.
“É no mínimo gastar muito dinheiro e não encontrar nenhum resultado no final. Ou pior ainda, desenvolver alguma doença pelo uso crônico de uma medicação que não foi bem avaliada, por exemplo, um câncer”, ressalta o geriatra da Santa Casa de São Paulo Milton Gorzoini.
Conselhos Regionais de Medicina investigam os quatro médicos apresentados na reportagem do Fantástico. Por desrespeitarem resoluções anteriores do Conselho, eles podem perder o direito de exercer a profissão.
Os médicos que defendem esse tipo de tratamento disseram que as terapias são preventivas e baseadas em pesquisas.
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