Nesta quinta-feira, 11, filme "Iris" será apresentado de graça. Debates falam sobre convivência e passagem do tempo entre o casal.
Já imaginou como seria envelhecer ao lado da pessoa que você considera o homem ou a mulher de sua vida? Acredita que o sentimento resiste aos problemas causados pelo avanço da idade? Questões relacionadas ao envelhecimento são tema de um debate realizado nesta quinta-feira (11) na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém. O Projeto de extensão “Troca de Olhares: as interfaces entre cinema e filosofia” apresenta o filme “Iris”. A sessão começa a partir das 09h30, no auditório do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Instituição (IFCH). A programação é gratuita. O Projeto “Troca de Olhares” existe desde 2011 e busca integrar cinema e filosofia, a partir de análises e discussões sobre temáticas abordadas em filmes e documentários. Até agora, já foram exibidos pelo menos 19 filmes seguidos de debates.Nesta semana, o filme apresentado será “Iris”, que conta a história de amor entre a novelista e filósofa Iris Murdoch e seu marido, o professor John Bayley, contada em duas épocas distintas: na juventude, quando se conheceram, e na velhice, quando Iris sofre do mal de Alzheimer. A temática do filme é o envelhecimento, que se torna um personagem da história; a convivência do casal com a passagem do tempo.
Cinema com filosofia - Durante as apresentações, a professora Verônica Capelo, coordenadora do projeto, explica os planos do filme e a intenção do diretor ao fazê-lo, o enquadramento das cenas e a fotografia, tudo somado à filosofia. Ela aborda temas de sociologia, psicologia, antropologia e economia, uma maneira de usar os filmes para discutir assuntos cotidianos e ensinar cinema com âmbitos filosóficos. Para a professora é importante mostrar às pessoas uma nova maneira de assistir filmes, enquanto novas mídias atraem a atenção do público, principalmente o jovem. “Tendo em vista a proliferação dos meios audiovisuais e a divulgação conferida ao cinema, cremos ser fundamental o exercício de um ‘olhar’ e seu poder, o encantamento, o qual se exerça, como trabalho teórico, repensar a imagem, o discurso cinematográfico, em seu dialogismo com a Filosofia”, afirma.
Espectador mais crítico - De acordo com Felipe Freitas, bolsista do Projeto, a intenção é fazer com que o espectador seja critico. Por isso, a importância dos debates após as sessões. “É importante para criar espectadores críticos de cinema, com uma consciência critica e com capacidade de avaliar as grandes obras de arte, aprendendo a entender a mensagem que os diretores passam. E isso não é só para comunidade acadêmica, mas também para o público de fora da Universidade, para que possam criar interesse sobre o cinema”, conclui
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