Programa de prevenção de doenças diminui internação de idosos em 70%


Iniciativa da ANS estimula planos de saúde a criarem programas de prevenção de doenças para seus associados. Pessoas mais jovens também participam. Para estimular os convênios médicos a oferecerem planos de prevenção de doenças para seus associados, a Agência Nacional de Saúde (ANS) conta com o Programa para Promoção de Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças. O resultado das empresas que já aderiram ao sistema é satisfatório: em um ano, o número de idosos que precisaram de internação caiu 70%.
A ideia é que os planos de saúde estimulem hábitos saudáveis e ofereçam prêmios e descontos nas mensalidades. As atividades devem ser oferecidas de graça pelas empresas.
Os idosos tiveram outros benefícios: o índice de fraturas caiu quase 12% entre eles e mais de 74% estabeleceram novos vínculos sociais. O programa também tem feito bem para os mais novos: quem aderiu começou a se cuidar. Mais de 63% dos diabéticos passaram a controlar melhor a taxa de glicose e 92% das pessoas estão dando mais atenção para a pressão arterial.
A aula de tai-chi-chuan é uma das opções para os clientes de terceira idade de uma operadora. Eles também podem fazer pilates, ginástica e dança. “O idoso que participa vai menos aomédico e ao pronto socorro. É um associado mais feliz”, relata Tathiana Caruso Silveira, gerente de medicina preventiva do grupo.
Para os médicos que trabalham com saúde do idoso, a qualidade de vida na terceira idade depende muito da prevenção. “Se eu estimulo a saúde, a parte doença vai ficando menor”, explica o médico geriatra da Unifesp, Clineu Almada.
A perda excessiva de massa muscular pode indicar desnutrição e trazer outros problemas. Para saber se isso está acontecendo, basta fazer o teste da fita métrica: a batata da perna precisa ter, no mínimo, 31 centímetros. “Isso pode detectar a tendência à perda de massa muscular. Futuramente, essa perda vai fazer com que a pessoa não consiga fazer exercício. Não conseguindo, piora a parte cardiológica. É uma cascata e o que pode ajudar é a prevenção”, alerta outro médico geriatra da Unifesp, João Toniolo Neto.

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