O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu, nesta quinta-feira (11), reajustes reais para aposentados e pensionistas com benefícios acima de um salário mínimo. Em discurso no Plenário, o parlamentar comunicou que apresentou um projeto de lei para recuperar a defasagem da renda e o poder de compra dos segurados (PLS 361/2012).
De acordo com a nova proposta, os benefícios acompanhariam o crescimento da massa salarial dos trabalhadores formais brasileiros. Assim, o reajuste seria calculado com base na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos 12 meses, acrescido do percentual equivalente à taxa de crescimento real da remuneração média dos trabalhadores empregados no país. Com isso, todo crescimento real observado nas remunerações dos empregados ativos passaria a ser igualmente concedido aos aposentados e pensionistas.
– Essa formula de cálculo resolveria para sempre o debate que acontece todos os anos para saber de quanto será o aumento real dos aposentados – opinou o parlamentar.
De acordo com Paim, a medição do crescimento da massa salarial dos brasileiros seria feita com base no recolhimento do FGTS e em informações da própria Previdência. Paulo Paim enfatizou que o sistema não resultaria em reajustes exagerados, mas em valores que a Previdência teria condições de pagar.
– Todas as entidades representativas dos aposentados e pensionistas com quem conversamos apoiam a iniciativa. Além disso, o governo vê com simpatia a proposta – argumentou o senador, que pediu ajuda dos colegas para a rápida aprovação da matéria.
Estatísticas
Paulo Paim apresentou estatísticas e estudos sobre a situação da população idosa no Brasil e destacou a mudança de perfil e do estilo de vida dos brasileiros com mais de 60 anos de idade.
– Viagens, exercícios físicos e informática fazem parte hoje do universo desta classe. Foi-se o tempo em que os idosos tinham uma vida limitada e ficavam em casa assistindo à TV ou jogando dominó – afirmou.
O parlamentar ressaltou ainda a maior longevidade das mulheres e a importância da renda dos aposentados e pensionistas para os municípios.
- A transferência de renda do idoso para filhos e netos tem efeito multiplicador importante. Além disso, a renda do idoso não só contribui para o sustento do lar, mas movimenta a economia – afirmou.
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