Mais de 50% deles têm falta de vitamina D. Essencial para a absorção de cálcio, é obtida através do solPor medo do câncer de pele, as pessoas tomam cada vez menos sol, que ainda é a principal maneira natural de obter a vitamina D. Com isso, mais da metade dos idosos brasileiros têm falta da substância no organismo, segundo uma pesquisa realizada pelo Delboni Medicina Diagnóstica. Hoje, no Dia do Idoso, os médicos chamam a atenção para o problema.
Diferentemente de outras vitaminas, a D não é uma amina (classe de composto químico–orgânico), mas um hormônio vital. Responsável pela absorção do cálcio pelo corpo, sua deficiência está diretamente relacionada à osteoporose e diversos outros problemas de saúde (veja quadro ao lado).
A pesquisa analisou 2.735 exames de sangue de pacientes acima de 60 anos, sendo 2.156 (78%) mulheres e 579 (21,1%) homens e detectou que 53,6% das mulheres e 53,4% dos homens têm necessidade de reposição desta vitamina.
Myrna Campagnoli, endocrinologista do Delboni e responsável pela pesquisa, afirma que para os homens o caso pode ser ainda mais grave. “Como o número de homens que realizaram a dosagem de vitamina D é muito inferior ao das mulheres, este problema pode ser ainda mais severo entre esse público. A deficiência pode estar sendo subdiagnosticada”, conclui.
Apesar de ser encontrada em alimentos como a gema do ovo, derivados de leite e alguns peixes, o banho de sol ainda é a maneira mais eficiente de obter a vitamina D. “O ideal é que, pelo menos duas vezes por semana, o idoso passe 40 minutos no sol sem filtro solar, mas apenas entre às 8h e às 10h da manhã”, aconselha o médico Fábio Gabas, clínico geral do Delboni.
Porém, ainda com a ingestão dos alimentos ricos na substância e com a exposição solar adequada, a absorção da vitamina muitas vezes não é suficiente. “Os idosos que apresentam falta de vitamina D têm a necessidade de um tratamento com reposição por meio de remédios”, diz Myrna.
Fábio ressalta a importância de fazer um acompanhamento médico e dosar os níveis de vitamina D anualmente. “Os exames são importantes até mesmo para os jovens. Se a deficiência for detectada ainda cedo e a reposição começar a ser feita precocemente, muitas doenças como o câncer, hipertensão, osteoporose e até mesmo as doenças autoimunes podem ser evitadas”, alerta.
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