Dia Internacional do Idoso provoca reflexão sobre inclusão e dignidade


Cerca de 10% da população capixaba são de idosos, o que demanda investimentos em saúde e acessibilidade.

Nesta segunda-feira (1) se comemora o Dia Internacional dos Direitos dos Idosos, data de reflexão sobre as necessidades de políticas de inclusão e de promoção da dignidade desta parcela da população. No Estado, cerca de 10% da população têm 60 anos ou mais, o que corresponde a quase 365 mil pessoas.

O aumento no número da população idosa no Estado está em consonância com o resto do País. Os idosos representam 12% da população brasileira, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

A série “Situação Social nos Estados”, com dados do Espírito Santo, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), também revela que a expectativa de vida do capixaba aumentou, ao mesmo tempo em que diminuiu a taxa de fecundidade. O estudo aponta que a relação de dependência dos idosos do Estado é a menor na região Sudeste. A população idosa do Estado vive de forma mais salutar do que a média dos cidadãos do Sudeste e a média brasileira.

Na ocasião da apresentação do estudo, em janeiro de 2012, o então presidente do Ipea, Márcio Pochmann, afirmou que a população ainda não está preparada para esta mudança de paradigma. Para garantir o envelhecimento saudável e independente, é necessário o investimento em saúde preventiva e acessibilidade.

O crescimento da população idosa no Estado, aliado ao fortalecimento da saúde e à independência, demanda a adoção de políticas públicas que promovam a dignidade desta parcela da população. O Espírito Santo já conta com o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (Ceddipi), responsável por implementar a política do idoso.

O Ceddipi também firmou um Termo de Cooperação Técnica e Parceria com o Ministério Público Estadual (MPES), com o objetivo de promover ações de fortalecimento e implementação do controle social e da defesa dos direitos das pessoas idosas.

As prefeituras, no entanto, têm papel primordial na garantia da autonomia da população idosa. Ao considerar o estudo do Ipea que atesta a autonomia e a vida salutar dos idosos do Estado, conclui-se como indispensáveis o investimento na revitalização de praças e na criação de espaços de convivência e para a prática de exercícios.

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