Demência senil deve crescer até 146% na América Latina em 20 anos


O alerta foi feito pela OMS, que está preocupada com a atual epidemia de demência na Ásia e a expansão da doença no mundo.Estudo divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra que os casos de demência podem aumentar entre 134% e 146% na América Latina nos próximos 20 anos. Preocupada com o avanço do problema na Ásia, a agência da ONU alerta sobre o risco de epidemia e a expansão da doença em todo o mundo. O envelhecimento populacional é a principal causa do aumento de ocorrências. A demência afeta a memória e a capacidade de raciocínio do indivíduo. Uma das suas expressões mais comuns é o Mal de Alzheimer.

A principal crítica feita pela a OMS é a falta de investimento em políticas públicas para lidar com a questão. Por causa disso, a pesquisa "Alzheimer Disease International" mostra que as taxas de pessoas com demência devem dobrar no sul e leste da Ásia nos próximos 20 anos. O norte da África e o Oriente Médio deverão dar um salto de 125% em notificações.
Das 35 milhões de pessoas no mundo com demência, 58% vivem em países de média e baixa renda, onde o peso dos cuidados recai sobre os parentes na maioria das vezes.
EM entrevista à Rádio ONU, de Brasília, o médico e ex-especialista da OMS, José Bertolote, apontou as dificuldades para prevenir outras doenças mentais como a depressão por exemplo. "Prevenir nem sempre é fácil, porque é o tipo de doença que a gente não percebe antes, a gente percebe depois que ela começa. O que se pode fazer é estar alerta aos primeiros sinais e buscar ajuda aos primeiros sinais, reduzindo o impacto dessa doença e assim minimizando a duração e extensão", explicou.
A OMS afirmou que, como as políticas públicas específicas para a questão são raras em muitos países, várias pessoas vivem com a doença sem o diagnóstico.

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