Dados não indicam necessariamente maior opção dos casais por não terem filhos: podem ser reflexo do envelhecimento da população.
Rio de Janeiro - Embora esteja em queda, o padrão de casal com filhos ainda é formação mais comum das famílias brasileiras. Esse arranjo familiar, no entanto, chegou a menos da metade das famílias brasileiras em 2010: 49,4%. Em 2000, os casais com filhos formavam 56,4% das famílias. Houve crescimento dos casais sem filhos, de 13% para 17,7%.
O terceiro arranjo familiar mais frequente é de mulheres sozinhas com filhos, que tiveram pequeno aumento, de 11,6% para 12,2%. Segundo os técnicos do IBGE, os dados não indicam necessariamente maior opção dos casais por não terem filhos.
É um reflexo do envelhecimento da população: os pais vivem mais e os filhos adultos deixam as casas para formarem suas próprias famílias. Também são consequência da queda da taxa de fecundidade, com menos nascimentos.
Do total de 27,4 milhões de casais com filhos, 16,3% vivem com filhos de apenas um dos cônjuges ou são famílias em que filhos do casal convivem com meios-irmãos. Esses casais que vivem com filhos e enteados são o que o IBGE chama de "famílias reconstituídas", pois os cônjuges já tiveram uniões anteriores. São separados, divorciados ou viúvos.
Pela primeira vez o arranjo familiar de casais com enteados foi pesquisado e por isso não há comparação com outros Censos. Até 2000, eram considerados apenas casais com filhos, sem distinção
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