Busca por diagnóstico precoce da osteoporose cresce em três anos





Atualmente, o planeta possuiu 21 milhões de pessoas idosas, mas a população mundial continua envelhecendo por mais tempo, já que a ciência tem conseguido prolongar a expectativa, que hoje é de chegar aos 73 anos, com qualidade de vida.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a previsão é de que, até 2050, o número de idosos seja três vezes maior do que o atual, o que representará cerca de 64 milhões de pessoas. Com essa nova realidade, vão aumentar também os casos de doenças ligadas à terceira idade, como a osteoporose, doença óssea metabólica mais frequente e que afeta cerca de 15 milhões de pessoas somente no Brasil.

A osteoporose faz parte de um processo natural de envelhecimento e é fruto de um desgaste gradual da massa óssea, que começa por volta dos 35 anos, proporcionado pela perda de cálcio. Conhecida como uma epidemia silenciosa, a doença causa o enfraquecimento dos ossos e aumenta a frequência de fraturas. Segundo balanço do Hospital do Coração (HCor), a busca pelo exame diagnóstico da osteoporose, a densitometria óssea, cresceu 251% nos últimos três anos no país. Embora seja de extrema importância a partir dos 45 anos, especialmente para mulheres após a menopausa, o exame não é a única maneira de evitar a osteoporose. Uma alimentação rica em cálcio e atividades física periódica são fundamentais.

No entanto, sem a ingestão de vitamina D e alguns minutos ao sol, todo o cálcio ingerido pode não ser absorvido pelo corpo. Segundo o ortopedista, especialista em Medicina Esportiva e Regeneração Tecidual, José Fábio Lana, a vitamina D é um hormônio, produzido pelo organismo quando a pele está exposta ao sol, mais especificamente aos raios ultravioletas B (UVB). “De modo geral, 20 a 30 minutos de sol diários sem protetor solar são suficientes para pessoas de pele clara, e até uma hora de exposição diária para pessoas de pele negra. No caso de idosos, é recomendado que exponham ao sol a maior parte do corpo diariamente, sempre protegendo o rosto. Isto porque o envelhecimento dificulta a produção de vitamina D”, esclarece. Porém, o banho de sol somente deve ser feito nos horários em que o sol é saudável, ou seja, no início da manhã e no final da tarde.

Das fontes de vitamina D, cerca de 90% vêm da exposição ao sol. O restante é fornecido pela alimentação, composta por peixes oleosos, como truta, salmão, cavala, arenque, sardinha, anchova e atum fresco; óleo de fígado de bacalhau e outros óleos de peixes; gema de ovo, cogumelos, cereais matinais suplementados, bebidas à base de soja, margarina e leite de fórmula infantil.

Entre os benefícios trazidos pela vitamina D para a saúde, pode-se destacar:

• Ossos: previne a osteoporose, osteopenia, osteomalacia, raquitismo e fraturas.

• Células: evita certos tipos de câncer, previne doenças infecciosas e respiratórias;

• Órgãos: previne doenças cardíacas, derrames, diabetes tipo 2 e diversas doenças inflamatórias.

• Músculos: previne a sarcopenia, melhora a força muscular.

• Sistema imune: previne esclerose múltipla, diabetes tipo 1, doença de Crohn e artrite reumatoide.

• Cérebro: previne depressão, esquizofrenia, mal de Alzheimer e demência.

• Humor: previne desordens afetivas sazonais (típicas de inverno, quando a incidência solar é menor), tensão pré-menstrual (TPM) e doenças do sono.


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