Começou na terça-feira, em Viena, na Áustria, uma conferência sobre a qualidade de vida da população idosa. O encontro é promovido pela Comissão Econômica da ONU para a Europa, Unece.
Com a participação de ministros, oficiais de alto nível e de ONGs, os debates são sobre o fim da discriminação, melhor inclusão social e como manter as habilidades de trabalho das pessoas mais velhas.
A reunião também aborda maneiras para garantir a independência da saúde e como envelhecer com dignidade.
A portuguesa Rosa Clara, de 80 anos, cresceu em uma área rural, sem acesso à água canalizada ou eletricidade. À Rádio ONU, em Lisboa, ela falou sobre as diferenças de comportamento da sociedade ao longo dos anos.
"Mudou. As coisas são diferentes. Tem coisas que nós, os adultos, não queremos aceitar. Mas temos que aceitar, porque a gente vê que é assim, mas no nosso tempo era muito diferente. Eram diferentes porque as crianças eram mais obedientes. Tinham poucos médicos e também tinha pouca população. Agora tem muita população e mais velhos.
Antigamente, a família cuidava dos velhos e não havia aquela coisa de deixar os filhos com a ãma (babá), porque tinha a avó ou a empregada que ficava com os filhos. Isso mudou muito."
Rosa Clara lamenta o fato de alguns idosos ficarem esquecidos em casas de repouso. Na reunião da Unece, é tratada ainda a importância do envelhecimento ativo e da solidariedade entre gerações.
O encontro, que termina na quinta-feira, marca os 30 anos da primeira Assembleia Mundial sobre Envelhecimento.
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