Essas pessoas são privadas de receber tratamentos simples que podem, eventualmente, salvar suas vidas. Cerca de um em cada quatro idosos tem problemas cardíacos não diagnosticados, apontou um levantamento feito pela Fundação Britânica do Coração (BHF, sigla em inglês). De acordo com os pesquisadores, essas pessoas estão sendo privadas de receber tratamentos simples que poderiam melhorar a qualidade e ampliar a expectativa. Essas conclusões foram divulgadas nesta quarta-feira no periódico Heart, uma publicação do British Medical Journal (BMJ).
Idosos: 25% têm doenças cardíacas mas não sabem, diz estudo (Creatas Images/Thinkstock)
Nesse estudo, uma equipe de especialistas da Universidade de Newcastle, na Austrália, visitou a casa de 376 idosos com idades entre 87 e 89 anos para aplicar testes de rotina neles. Para isso, eles usaram instrumentos portáteis que realizam exames como ecocardiograma, exame que avalia a função cardíaca por meio de ultrassom. Os resultados indicaram que o principal problema cardíaco não diagnosticado apresentado por esses participantes foi a insuficiência cardíaca — comprometimento que pode ser facilmente tratado com medicamentos específicos, de acordo com os pesquisadores.
"Observamos que há muito mais idosos com problemas cardíacos do que se supunha anteriormente, e que e muitos, embora apresentem sintomas que limitam suas atividades diárias, como falta de ar, não são diagnosticados com suas condições”, diz Shannon Amoils, pesquisadora da BHF. “Nossa pesquisa sugere que oferecer exames de rotina a pessoas com mais de 85 anos que sentem falta de ar pode ser uma maneira prática de diagnosticar problemas cardíacos mais sérios. Como idosos apresentam doenças do coração com frequência, estabelecer uma rotina de exames de saúde é uma maneira de melhorar a qualidade de vida deles e retardar o avanço das enfermidades”, diz o coordenador do estudo, Bernard Keavney.
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