Falta de exercícios físicos, sedentarismo, ociosidade, alimentação desregrada, são hábitos que podem trazer problemas sérios para todas as pessoas, mas todos agravam ainda mais as condições de vida na terceira idade. De acordo com o médico geriatra, Irineu Zanellato, os problemas de saúde mais comuns nos idosos são as infecções urinárias e também nas vias aéreas, dores crônicas oriundas do sistema osteoarticular como a osteoartrose, miopatias, tendinopatias, além do declínio cognitivo, depressão, hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes e câncer. “Mas o que é preocupante também é o uso inadequado de remédios, iatrogenia medicamentosa”, detalha. Segundo ele, tão grave quanto a automedicação é a hipertensão mal controlada, o diabetes descompensado, os declínios cognitivos e depressão não tratados em fases iniciais. “Além disso, na terceira idade ainda agrava os problemas de equilíbrio e quedas podem trazer muitos transtornos, com possibilidade de alterar a autonomia do idoso, acidentes vasculares cerebrais (AVC) trazem muitas sequelas e dependência”, detalha. Segundo ele, o aumento da dependência e a perda da autonomia são as piores situações na terceira idade. “Nesses casos eles entram no nível de idosos fragilizados”, classifica.De acordo com Irineu, muitas doenças que aparecem na velhice advém de muitas práticas exageradas e sem fundamento. “Não existem milagres terapêuticos ou fórmulas mágicas, apenas uma boa alimentação, atividade física regular, bons círculos de amizade e estrutura familiar adequada e saúde mental positiva que trazem benefícios à saúde”, destaca.
Atividade física - A atividade física, confirma o geriatra, é fundamental em todas as idades e extremamente benéfica na terceira idade. “Aos idosos a atividade física deve, inicialmente, ser analisada junto a um profissional da saúde para avaliar um esquema adequado e personalizado, pois cada idoso tem suas particularidades, e após um condicionamento que requer uns três meses, os benefícios aparecem sem dúvida”, explica.
Medicamentos - Os medicamentos, alerta Irineu, devem ser dados com absoluta racionalidade e acompanhamento. “A iatrogenia medicamentosa é hoje, na minha opinião, um dos problemas mais graves nos idosos”. Além disso, o isolamento social também é muito prejudicial. “A falta de amparo de redes familiar e pública é muito danoso ao idoso, assim como a alimentação precária e o baixo nível sócio-econômico que trazem dificuldades na terceira idade”. O sedentarismo também é um problema em todas as idades, mas ainda mais na terceira idade. “O excesso de sal na dieta, o tabaco, a ingestão de álcool, pouco consumo de água no dia a dia, exposição exagerada ao sol, comidas industrializadas em excesso e outros abusos alimentares trazem problemas de saúde”, descreve.
O sedentarismo e os excessos em geral, confirma Irineu, aumentam consideravelmente as doenças crônicas cardiovasculares, obesidade, dores crônicas osteoarticulares, distmia que é perda do ânimo e disposição nas atividades usuais e também tem ligação com uma síndrome, muito atual na geriatria, a Sarcopenia, que é a perda da massa muscular magra, com alterações fisiológicas e metabólicas importantes”, explica.
Boa alimentação - De acordo com Irineu, os estudos mostram que a boa alimentação é fundamental para se obter qualidade de vida em todas as fases da vida. “Se a alimentação fosse seguida rigorosamente adequada não seria necessário o uso de suplementação, aliás seria totalmente contraindicada, apenas recomendo o uso de suplementação de vitamina D e Cálcio, alguns antioxidantes em situações particulares e o uso de óleos com gorduras insaturadas ômega 3 e 6, e alguns fitoterápicos que são interessantes para alguns idosos, mas cada caso é individualizado”, detalha.
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