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Envelhecimento aumentará casos de osteoporose na América Latina - O gradativo envelhecimento da população da América Latina causará um "aumento significativo" das fraturas e da incidência de osteoporose na região, segundo um relatório sobre a incidência da doença e seus custos, apresentado nesta quinta-feira em São Paulo. De acordo com o estudo da Fundação Internacional de Osteoporose (IOF), o número de casos de fratura de quadril no Brasil, atualmente de 121,7 mil ao ano, aumentará 32% até 2050, e esse salto será de 424% no México e de 85% na Argentina.
O documento "Osteoporose na América Latina: epidemiologia, custos e relevância da osteoporose em 2012" reúne dados de 14 países da região e conclui que em 2050 serão registrados 6,3 milhões de fraturas no mundo todo, a metade delas na Ásia e América Latina.
O relatório prevê para a América Latina "um aumento significativo nos índices de fraturas estimados por causa de uma explosão na quantidade de pessoas em idade avançada nas próximas décadas".
O texto acrescenta que os baixos níveis socioeconômicos e as desigualdades entre o campo e a cidade dos países analisados causam o acesso limitado ao diagnóstico e ao tratamento. Além disso, mostra que há uma falta de dados epidemiológicos confiáveis sobre as o tema.
No caso do Brasil, 33% das mulheres sofre de osteoporose de fêmur ou espinho lombar depois da menopausa e três milhões de mulheres com mais de 50 anos tem fraturas nas vértebras. No entanto, a maioria delas não dispõe de diagnóstico da doença progressiva de perda de massa óssea e deterioração do esqueleto.
Durante a apresentação do relatório, o professor José Zanchetta disse que a osteoporose é a doença mais comum da mulher depois dos 50 anos e detalhou que se a menopausa acontecer com menos de 44 anos, o risco se duplica.
O doutor Bruno Muzzi Camargos, presente no ato de apresentação do relatório, alertou que após a fratura de quadril nos idosos aumenta entre seis e oito meses o risco de morte.
As previsões indicam que a população brasileira alcançará 260 milhões de pessoas em 2050, dos quais 37% terá mais de 50 anos e 14%, 36 milhões, 70 anos ou mais.
Nesse sentido, os especialistas enfatizaram a necessidade de intensificar as campanhas de prevenção e do custo na qualidade de vida do paciente que tem a doença.
"A osteoporose e as fraturas são um problema de saúde pública no Brasil", disse o chefe de pesquisa clínica de reumatologia do Hospital Heliópolis de São Paulo, Cristiano Augusto Zerbini.
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