Uso da creatina entre os idosos traz benefícios e reduz a perda muscular




A creatina é um suplemento nutricional que ainda hoje causa muitas dúvidas sobre seu consumo. Parte destas dúvidas e até um certo receio foram causados pelo fato de a creatina ter sido proibida pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) durante um período. Na verdade nunca ficou esclarecida a razão desta proibição, pois na literatura científica nunca existiu estudo que relatasse qualquer risco do seu consumo, desde que se respeitasse a dose recomendada.
Uso da creatina entre os idosos traz benefícios e reduz a perda muscular (Foto: Agência Getty Images)

Dentre os vários cientistas que estudaram este suplemento, um professor americano merece destaque. Trata-se do professor Melvin Willians, que para muitos é considerado o “pai da creatina”, em função do grande número de estudos que publicou sobre este suplemento. O professor Melvin esteve no Brasil mais de uma vez e, recentemente, veio proferir palestras sobre creatina a nosso convite. Ele, com 77 anos de idade, além de um cientista de renome, é um corredor de maratonas e acumula na carreira esportiva um número impressionante de provas completadas.

Para se ter uma ideia, ele é conhecido nos Estados Unidos como “a lenda” em função do seu currículo como corredor. Nas suas palestras sobre creatina, ele faz questão de enfatizar uma indicação fundamental para este suplemento. Baseado em inúmeros estudos científicos, a creatina é um suplemento de grande valia também para o idoso. A indicação é um consumo diário de 3 gramas, e a recomendação de associar o suplemento com exercícios com pesos.
O benefício da creatina é o de aumentar a síntese de proteínas musculares, o que para o idoso terá um benefício ainda mais importante. Certamente o indivíduo idoso tem na perda de massa muscular o fator mais importante no comprometimento de autonomia, maior risco de quedas e perda de qualidade de vida.

A associação da suplementação de creatina com a prática de exercícios, mesmo que de menor carga, pode proporcionar ao idoso uma importante melhora de capacidade funcional. Torna-se, portanto necessário desmistificar o receio do consumo deste suplemento, que desde que administrado na dose recomendada e associado à prática de exercícios representa um nutriente capaz de proporcionar benefícios muito importantes.

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