Com a idade avançando, Jackie Chan sonha com papéis dramáticos em Hollywood



O astro de Hong Kong dos filmes de artes marciais, que no ano passado anunciou no Festival de Cinema de Cannes, na França, que estava se aposentando das produções de ação, agora diz que depois de mais de uma década refletindo sobre a sua saída, vai deixar que o corpo decida.

"Quando eu tinha 40 e poucos anos, a mídia me perguntava e eu dava mais outros cinco anos, e depois, mais cinco anos, e mais cinco anos, até agora", disse o ator de Kung Fu, em uma entrevista para a promoção seu filme chinês "Zodíaco Chinês", de 2012, que estreará nos cinemas dos Estados Unidos nesta sexta-feira.

"Seis meses mais e eu estarei com 60", declarou Chan. "E eu verei o quanto mais poderei ir até que meu corpo me diga." Chan, famoso por suas manobras de alto voo e golpes fortes, atuou em mais de 100 películas e agora escreve, produz e dirige os próprios filmes na Ásia.
"Fico machucado", disse o ator, depois de 50 anos de arremessos, chutes e socos. "É realmente cansativo, não mais como costumava ser."

O único sinal exterior realmente visível de envelhecimento em Chan são alguns pés de galinha em torno dos olhos. Ele obviamente ainda está em grande forma, mas não revela os segredos para estar desse jeito.

Mas, ao começar a entrar nos anos do crepúsculo, Chan lamenta que a prática de Hollywood, de sempre selecionar atores para o mesmo tipo de papel, pode forçá-lo a ter de começar a recorrer a um dublê nas suas cenas acrobáticas, já que ele acredita que os estúdios de Hollywood nunca iriam chamá-lo para papéis dramáticos.

"Espero que os espectadores, depois de dizerem "Jackie, esse é um dublê!", me perdoem", disse Chan, com o jeito de falar e o estilo animado que são sua marca.

"Então, posso continuar (minha carreira) porque, pobre de mim, ninguém em Hollywood me contrata para fazer um "Kramer vs. Kramer" (ou) algo como "A Noviça Rebelde". Na verdade, eu sou de fato um cantor muito bom e ninguém me contrata para fazer esse tipo de filme", afirmou Chan, referindo-se ao drama familiar de 1979 e ao musical de 1965, ambos ganhadores do Oscar.


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