Pesquisa em Jundiaí revela que videogame regride o Parkinson




Idosos com mal de Parkinson participaram de uma pesquisa da Faculdade de Medicina de Jundiaí (SP) e se surpreenderam com as melhoras no equilíbrio e coordenação motora. De forma voluntária, dez idosos jogaram videogame duas vezes por semana, durante três meses, em sessões de 40 minutos.

Vera Becatti, de 61 anos, é uma das voluntárias e conta que faz tratamento para a doença desde 2005. A aposentada comenta que não tinha mais controle das pernas e apresentava temores nas mãos. O que ela não imaginava é que uma brincadeira poderia ajudar a sair do estágio intermediário da doença para o estágio inicial. "Não conseguia andar direito, nem levantar de uma cadeira. Depois dos exercícios, melhorou muito mesmo", conta satisfeita a aposentada.

Os pacientes aprenderam a dominar a atividade que antes era vista como super complicada. A psicóloga que acompanhou todo o trabalho explica que eles também conquistaram aumento da confiança e auto-estima. "A motivação foi estar jogando o videogamene e a confiança em estar melhorando cada vez mais os resultados. Ajuda que se sintam mais confiantes para fazerem atividades da vida diária", explica Juliana Cecato, psicóloga.

Os idosos, todos acima dos 60 anos, também tiveram o acompanhamento de um geriatra. Segundo José Eduardo Martinelli, a dica para envelhecer bem é não ficar parado, fazer atividades que utilizam o corpo e a mente. "O idoso sedentário cai mais, o idoso que faz exercício físico cai menos, mesmo não tendo nenhuma alteração cognitiva", revela o profissional.

Com o resultado satisfatório da pesquisa para mal de Parkinson, agora os profissionais avançam em uma nova etapa do estudo, utilizando o videogame para tratamento das pessoas com Alzheimer.

Vera se sentiu melhor após começar tratamento com videogame (Foto: Reprodução/TV TEM)

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