Laser é nova opção para estimular sexo na terceira idade




Cerca de 70% das mulheres continuam com uma vida sexual ativa após os 60 anos, de acordo com pesquisa publicada no Journal of the American Geriatric Society, feita nos Estados Unidos, com mais de mil voluntárias. Para tornar esse cenário mais proveitoso ao casal, já que o sexo traz uma série de benefícios à saúde física e mental (reduz risco de infarto, atenua dor, provoca relaxamento muscular, melhora auto-estima, o estresse e a ansiedade), chega ao país tratamento que restaura a funcionalidade vaginal na menopausa, condição que acomete 13,5 milhões de brasileiras, segundo estimativa do IBGE.
A técnica Monalisa Touch usa um tipo de laser de CO2 fracionado (Smartxide²), que recupera a elasticidade, a espessura e a umidade da vagina, sintomas da atrofia vaginal. Tal distúrbio causa o afinamento da mucosa da vagina e a diminui a lubrificação, o que torna a atividade sexual insatisfatória.
Desenvolvido pela Deka, empresa italiana líder mundial em laser nas áreas médica e odontológica, o Monalisa Touch (não hormonal) se destaca como terapia alternativa eficaz, além do tratamento à base de hormônios, disponível hoje para atenuar as consequências trazidas pelo climatério. "Infelizmente a atrofia vaginal é uma condição subestimada e um tabu que pode trazer sofrimento. É fundamental que as mulheres procurem orientação médica para se informar a respeito das opções de tratamento", opina a ginecologista Vera Lucia da Cruz, professora da Faculdade de Medicina do ABC, que está coordenando o estudo do Monalisa Touch no Brasil.
Diferente da terapia hormonal, com restrições em alguns casos; devido ao aumento do risco em câncer ginecológico, o novo laser requer poucas aplicações que podem ser realizadas após avaliação e indicação do ginecologista.


Dúvidas Monalisa Touch
1 - A partir de que idade a paciente pode utilizar o MT? A partir do momento que sentir os sintomas da atrofia vaginal, da menopausa. Antes, porém, são necessárias avaliação e indicação do ginecologista.
2 - Como é a aplicação, pode doer? Não dura mais que 15 minutos, é feita no consultório do ginecologista. É indolor, mas se a paciente preferir pode ser usado um anestésico tópico. Ocorre uma leve sensação de calor somente.
3 - Em média, quantas sessões são necessárias? De 1 a 3, dependendo de cada caso.
4 - Como é o pós-aplicação? A paciente não deve ter relações por 15 dias.
5 - Quem não pode fazer? Mulheres grávidas, que tenham doenças contagiosas (DSTs, HPV), mudanças de citologia no último Papa Nicolau, inflamações da vulva ou doenças relacionadas à coagulação sanguínea.
6 - Foi aprovado pela Anvisa? Sim. O equipamento já tem seu uso legalizado no Brasil.
7 - Onde as pessoas encontram o tratamento? 

Dados menopausa
13,5 milhões de brasileiras estão na menopausa, segundo estimativa do IBGE.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2030, 1 bilhão de mulheres estarão no climatério.
A média de início da menopausa gira em torno de 50 anos em decorrência da exaustão da reserva de folículos ovarianos.
Sintomas: irregularidade menstrual até interrupção da menstruação, ondas de calor, sudorese, palpitações, insônia, irritabilidade, depressão, atrofia vaginal.

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