Idosos têm dificuldades para se adaptar ao novo sistema de passagem com cartão




Maria Alarcon, de 64 anos, é portadora de deficiência auditiva e com a ajuda da família relatou que não gostou da nova forma de organização. Segundo a umuaramense, antes ela saia quantas vezes precisasse e a qualquer hora, mas agora existem limites nessas viagens. “A minha opinião é que os nossos direitos deveriam ser mantidos. Antes eu tinha livre acesso para percorrer o trajeto quantas vezes eu quisesse e agora eles colocaram limites, não favoreceu a nós”, ressaltou.

De acordo com Felipe de Souza, de 75 anos, o idoso teve problema ao passar o cartão quando precisou fazer sua rota duas vezes. “Não tenho muitos problemas, mas tentei passar o cartão para fazer a mesma rota fui informado que não pode fazer”, informou.

O gerente geral da Viação Umuarama, Wandeley Mitsuo Tsutumi, informou que o idoso tem a livre passagem no transporte coletivo urbano, garantida por Lei Federa e Municipal, e em nenhum momento a empresa realiza o cerceamento. “O idoso não tem restrição no coletivo da Viação Umuarama. Pode estar ocorrendo alguma falha na hora em que o ônibus chega ao seu ponto final e o cobrador tem que zerar o sistema. Se estiver ocorrendo essa situação pedimos para os passageiros denunciarem no telefone 3622-8640”, informou.

Tsutumi argumentou que o sistema foi adotado para garantir a qualidade dos serviços e medir a quantidade de passageiros. Com os dados, a empresa pode projetar a demanda de carros e melhorias. Além da questão estrutural, os cartões também servem de meio a disciplinar os usuários. “Tivemos vários casos de idosos passando o cartão duas vezes, a primeira para ele e outra para outra pessoa não idosa. Como também idosos transferindo o cartão para parentes. Por isso existe a situação de zerar o sistema quando o ônibus chega ao ponto final”, argumentou.

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