Expectativa de vida alta faz crescer necessidade por cuidadores de idosos


Além desta, a preocupação dos médicos é com a nova doença que afeta os mais velhos: a depressão

A qualidade de vida, da medicina e do diagnóstico evoluiu muito. Com isso, a expectativa de vida aumentou e o número de idosos no país, também. De acordo com o IBGE, em uma década, a esperança de vida no Brasil cresceu 3 anos e 7 meses, atingindo 74,08 anos (74 anos e 29 dias) em 2011 - um aumento de 0,31 anos (3 meses e 22 dias) em comparação a 2010 e de 3,65 (três anos, sete meses e 24 dias) em relação a 2000.
Na opinião do geriatra da Amhpla Cooperativa de Assistência Médica, Leônidas de Castro Junqueira Junior, a tendência é crescer muito essa faixa etária de 60 anos em diante. "A qualidade da medicina evoluiu muito, tanto em diagnóstico, quanto em tecnologia e medicamento. Hoje, existem planos e programas nas esferas municipal e federal que têm colaborado para melhorar, e muito, a saúde do idoso. Há conscientização em torno do tema", comenta.
No entanto, para Leônidas, o aumento na expectativa de vida também pode gerar um grave problema: a falta de cuidadores de idosos. “Vai ser um problema futuramente se não tivermos cuidadores de idosos. Falta, neste país, profissionais qualificados que atendam as necessidades do idoso, que o trate com os medicamentos indicados, que o leve ao médico para fazer exames periódicos, e dê a atenção que ele tanto precisa. Pode ser um profissional da enfermagem ou mesmo um filho, desde que siga todas as recomendações necessárias para atender ao cargo”.
Outro problema que também preocupa o especialista é a depressão entre os idosos, cada vez mais frequente. “Muitas vezes, o idoso se sente abandonado e fica propenso a ter depressão. Com a correria do dia a dia, familiares, parceiros e responsáveis acabam se esquecendo de dar a atenção devida para o idoso, fazendo com que ele desenvolva o quadro de depressão”, explica Leônidas.
Além da depressão, os diagnósticos mais comuns nesta faixa etária, segundo Leônidas, é o alzheimer, em primeiro lugar, e o multi-infarto cerebral (demência), em segundo.
Por isso, é preciso focar e se dedicar, cada vez mais, a promover qualidade de vida ao idoso. “Beber bastante líquido, caminhar - desde que não exista contraindicação -, praticar exercícios aeróbicos, realizar check-up regularmente, ter boa alimentação e receber muito estímulo e atenção, são as recomendações primordiais. Encarar a idade com bom humor também é um fator muito importante”, finaliza.

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