Construindo a longevidade


Já não é mais nenhuma novidade que a população mundial está ficando mais velha. Um dos motivos disso é a redução generalizada na taxa de natalidadeobservada nos últimos 50 anos. No Brasil, o número de crianças vemdecrescendo desde a década de 1960, quando a média era de 6,3 filhos por mulher. Hoje, essa média é de 1,86. Mas é o aumento da expectativa de vida que tem feito a maior diferença. No Brasil, somente entre os anos 2000 e 2010, o acréscimo foi de 3 anos. Essa evolução decorre do acesso mais abrangente à educação e aos serviços de saúde, da redução dos índices de violência e poluição do ar, bem como da atenção cada vez maior dos governos e da comunidade internacional ao saneamento ambiental. Mesmo com tanta evolução, a maioria das nações ainda têm muito a avançar (umas mais outras menos).

Contudo, a longevidade também é consequência de nossas escolhas. E alguns hábitos são fundamentais para uma vida saudável:

1) Pra começar, é adequado excluir a palavra “sedentarismo” da rotina. Um estudo publicado na revista britânica The Lancet concluiu que as consequências do sedentarismo podem ser tão danosas quanto as do tabagismo. E uma simples caminhada já é válida. De acordo com uma pesquisa realizada em parceria entre a UFRGS e a UPF, caminhar reduz o risco de diabetes e contribui para a saúde cardiovascular em mulheres de meia-idade. A endocrinologista Poli Mara Spritzer, coordenadora do estudo, relata que pequenas mudanças, como trocar o canal da TV sem utilizar o controle remoto e usar escadas em vez do elevador, podem prevenir doenças.

2) Estabelecer objetivos também pode ser benéfico à saúde. É a conclusão de um estudo recente feito na Rush University Medical Center, em Chicago. Foram analisados os comportamentos de 246 pessoas por 10 anos e aquelas que se envolviam em atividades com significado e propósito se sentiam incentivadas e demonstravam maior capacidade cognitiva do que as outras.

3) A qualidade do sono também desempenha importante papel em prol de uma vida mais longa. Mas isso não quer dizer que precisemos dormir muito. Para Elizabeth Devore, autora de um estudo recente feito no Brigham and Women´s Hospital, em Boston, sete horas de sono são suficientes para descansar. Já passar de nove ou não chegar a cinco contribui para a perda de memória.

4) Por fim, talvez a atitude mais difícil: controlar a ansiedade. Outro estudo feito no Brigham and Women´s Hospital revelou que mulheres muito ansiosas apresentam telômeros menores. Os telômeros protegem os cromossomos e, quando reduzidos, existe um risco maior de doenças graves. Portanto, faça um esforço para relaxar em algum momento do dia. O resultado será uma melhor qualidade de vida. 


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