CHINA: Superlotação nos asilos chineses: fila de espera chega a 100 anos



Um chinês idoso num corredor de um centro de cuidados em Zibo, província de Shandong, China, em 22 de maio de 2007 (China Photos/Getty Images)
Como consequência direta da política de filho-único, a China têm enfrentado diversos problemas demográficos em virtude do envelhecimento da população, o que por um lado aumenta a pressão sobre a geração mais nova, que encontra grande dificuldade de conseguir emprego, além de ter de arcar com as despesas dos anciãos da família; por outro lado, o incremento no número de idosos tem evidenciado uma superlotação em asilos e serviços similares. De acordo com estudos, há hoje na China continental aproximadamente 200 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade, enquanto há apenas 3 milhões e 650 mil vagas em asilos no país – uma média de um idoso atendido em cada 50.
Para conseguir uma vaga em asilos chineses, a despesa média exigida mensalmente é de 4.500 yuanes, enquanto um levantamento oficial de 2012 aponta que a remuneração média de um habitante urbano é de 2.047 yuanes por mês, o que está muito longe da possibilidade de arcar com tamanha despesa para bancar o bem-estar dos idosos. Mas mesmo que seja possível arcar com os custos financeiros, a falta de estrutura agrava ainda mais a situação: em algumas cidades e em grande parte da área rural chinesa, a fila de espera por uma vaga chega a mais de 100 anos para que todos sejam atendidos.
Além da falta de estrutura física, há também grande deficiência de funcionários qualificados para lidar com os idosos. O estudo indica que nas circunstâncias observadas na China atual seriam necessários 10 milhões de funcionários, enquanto hoje há menos de 10% desse número, com a ressalva de que metade destes é analfabeto. Por fim, o estudo estima que em 2025 a população de idosos na China continental ultrapassará a marca de 300 milhões, dos quais 100 milhões teriam mais de 80 anos; em 2050, o número de idosos chegará a 30% da população total chinesa, uma situação para a qual a China “não está preparada”
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