Idosos dormem menos???


Existem dois conceitos fundamentais acerca do sono nos idosos: idade cronológica e idade biológica ou fisiológica.


Ter muito tempo de vida, necessariamente, não implica em pior estado de saúde, pois atualmente existem evidências científicas suficientes para se afirmar que o sono de idosos excepcionalmente saudáveis pode ser semelhante ao de adultos jovens.
No entanto, em geral, os idosos têm um risco maior para doenças sistêmicas, muitas vezes associadas a um equilíbrio orgânico mais frágil. Com o sono isso não é diferente. O padrão de sono mais comum na faixa etária senil é uma tendência à fragmentação do sono durante a noite, algumas vezes com redução do tempo total de sono noturno, associado a um leve aumento da tendência para o sono durante o dia – tal padrão pode ter levado à crença de que os idosos necessariamente dormem menos.
Além disso, os mecanismos do sono nos idosos são mais sensíveis a influências de diversos estímulos como doenças clínicas (dor, problemas respiratórios, doenças degenerativas), alterações emocionais (depressão, ansiedade, reações de ajustamento como perdas) e ambientais (ruídos, temperatura, local do sono, fuso horário). Tais alterações podem influenciar o padrão de sono levando a queixas de sono.
Diante desse cenário, deve-se ressaltar que o excesso ou a falta de sono com o impacto nas atividades da vida diária pode ser sinal de início ou agravo de doença do sono ou de outra natureza. A investigação e o tratamento dos sintomas relacionados ao sono podem ser decisivos na melhoria das condições que ameaçam a qualidade de vida dos idosos.

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