O Envelhecimento Populacional: Demografia



Constata-se que o aumento do número de idosos na população é preocupanteA composição da população brasileira é um fenômeno de sua dinâmica ao longo do tempo. A transição demográfica apresenta quatro etapas: a primeira como alta fecundidade/alta mortalidade; a segunda como alta fecundidade/redução da mortalidade; a terceira como redução da fecundidade e a mortalidade contínua diminuindo; e a última etapa que continua a queda da fecundidade e da mortalidade em todos os grupos etários da população. (BRASIL, 2002c).

O envelhecimento populacional é definido por Ramos (1993) como o aumento da proporção de idosos em uma população, devido à diminuição da proporção de jovens. Esse evento é irreversível e associam-se as importantes transformações sociais e econômicas, que estão diretamente relacionadas às mudanças no perfil epidemiológico e nas demandas dos serviços de saúde.

O aumento da população idosa, no Brasil, segundo os censos demográficos e as estimativas populacionais realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresenta um crescimento progressivo e rápido. No censo de 1991, os idosos correspondiam a 7,3% de uma população de 147 milhões de habitantes. No ano de 2000, entre 169 milhões de habitantes, 8,6% eram idosos. Projeções apontam que 16,0% da população no ano de 2050 serão constituídas de pessoas idosas na população brasileira. (BRASIL, 2002a; 2002b; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2002).

Os dados do DATASUS identificam que entre 1980 a 2005, a população geral e a população com 60 anos ou mais vêm crescendo, ainda que a segunda população em proporções menores. No entanto, as estimativas apontam que essa população ultrapassará o número de indivíduos menores de quinze anos. Fato este que tem a contribuição da menor reprodução dos casais que preferem um menor número de filhos na composição familiar.

Atualmente, o Brasil está em um processo de transição demográfica acelerado, sendo esse resultante de vários fatores, como a queda da fecundidade, redução de mortalidade infantil e materna, do aumento da esperança de vida ao nascer e o progressivo envelhecimento da população. No entanto, estudos apontam que o fator decisivo para o envelhecimento da população brasileira é a queda da fecundidade. Tem-se o reconhecimento que o aumento da longevidade é uma conquista social que marcou o século XX em quase todo o mundo, mas tal conquista gera novas demandas e impactos para o sistema de saúde, a família e a sociedade. (VERAS, 1994; CHAIMOWICZ; 1997; KALACHE, 1998; BRASIL, 2002b).

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