Indicadores de saúde influenciam em felicidade de idosos


Segundo estudos, idosos que se sentem felizes por mais tempo são casados, trabalham e não apresentam doenças crônicas

Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) concluíram em pesquisas que sensação de bem-estar em pessoas com idade avançada está diretamente ligada às condições de boa saúde e qualidade de vida. Os resultados da pesquisa, foram publicados na revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz.

Durante um ano, eles entrevistaram 1.431 idosos, com idade média de 69,5 anos, moradores da área urbana da cidade a fim de verificar como se estabelece essa ligação. Os resultados da pesquisa indicaram que a sensação de felicidade está positivamente associada a diversos indicadores de saúde, como o de não sofrerem com doenças crônicas.

Segundo os estudiosos, os dados apontaram que os idosos que se sentem felizes por mais tempo são casados, trabalham, são ativos no lazer, ingerem bebidas alcóolicas ocasionalmente, consomem frutas, legumes e verduras todos os dias, não são obesos e apresentam um tempo de sono inferior a dez horas e dormem bem.

" O estudo é um dos primeiros, em base populacional, que verifica as relações das condições de saúde com o bem-estar subjetivo de idosos. Avalia-se que os resultados desta pesquisa possam contribuir para ampliar o conhecimento desse tema no Brasil, apontando a importância de se incorporarem indicadores de bem-estar, entre eles o sentimento de felicidade, na avaliação e no desenvolvimento de programas de atenção à saúde da população idosa" , destacam os pesquisadores.

O estudo apontou ainda que afirmam serem mais felizes aqueles que não apresentam uma ou mais doenças crônicas, que avaliam melhor sua própria saúde e apresentam menos incapacidades. " Há evidências de que a ingestão moderada de bebida alcóolica também pode atuar de maneira protetora para algumas doenças cardíacas e em quadros de depressão" , explicam. As prevalências do sentimento de felicidade nas últimas quatro semanas (anteriores a pesquisa) de acordo com o levantamento foram: 35,4% todo o tempo, 41,8% a maior parte do tempo, 14,5% alguma parte do tempo, 7,2% pequena parte do tempo, e 0,01% nunca.

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