Idosos buscam na capoterapia mais qualidade de vida



O Centro Olímpico do "P" Norte promoveu, nesta manhã de quinta feira (17), mais um dia de atividades para a terceira idade. O dia estava frio e chuvoso, mas mesmo assim os idosos estavam muito animados para participar da Capoterapia (uma nova terapia, inspirada na gestualidade da capoeira, trazendo para a terceira idade benefícios físicos, sociais e emocionais). Um dos precursores desse projeto no Brasil, criado em 1998, foi o professor de capoeira Gilvan Alves, que percebendo a necessidade dessa modalidade aqui no DF, o implantou inicialmente na cidade satélite de Ceilândia e hoje esse movimento tem ganhado proporções enormes, beneficiando um grande número de idosos.

Segundo o professor William Jonatas, o ideal é que se pratique a capoterapia três vezes por semana. Ele explica que seus elementos são exercícios adaptados para a pessoa idosa, e entre os benefícios sociais, estão: a integração grupal e a ampliação do círculo de amizade. "A pratica dessa modalidade também é um instrumento importante que auxilia no combate à depressão e à solidão, despertando em seus praticantes a recuperação da autoestima e do prazer de viver. Além disso, colabora para a diminuição da dependência química de remédios para hipertensão, diabetes e colesterol. A Capoterapia recupera, o vigor físico, aumenta a força muscular, ocasiona a amplitude dos membros inferiores e superiores, tonicidade muscular", relatou o professor.

A senhora Juracy de Jesus Souza Soares, 60 anos, moradora do "P" Norte, afirma que antes de praticar a Capoterapia, era nervosa e vivia em hospitais devido ao estress. "Depois das atividades eu me tornei outra pessoa, me sinto bem, a minha autoestima foi elevada, passei a não usar mais remédios. Hoje me sinto uma outra mulher, as aulas deveriam ser todos os dias", declarou feliz.

Outra que encontrou nas atividades físicas mais qualidade de vida foi a D. Gercina Braz Cunha, 69 anos, moradora da Expansão do Setor "O". "Antes levava uma vida dependente de remédios, usava remédios para pressão, diabetes, artrose e osteosporose. Depois que comecei a participar do grupo, minha vida teve uma reviravolta. Hoje só tomo remédio para dor de cabeça, e ainda faço caminhada todos os dias", conta animada.

De acordo com o professor Gilvan Alves, hoje são 13 turmas de capoterapia em Brasília, número este que deverá ser ampliado com a parceria feita entre a Secretaria de Esporte e Lazer e a Secretaria Especial do Idoso. Estima-se expandir para 100 núcleos no DF, até março de 2013. O Brasil tem hoje mais de 50 mil adeptos.

Para o Secretário Ricardo Quirino, o Programa Qualidade em Ação, fruto de uma parceria entre a Secretaria de Esporte e a Secretaria do Idoso, trará grandes benefícios a pessoa idosa. Este programa abre espaço para que o idoso venha se integrar a pessoas de várias faixas etárias. Fazendo assim com que desenvolvem suas potencialidades, mais especificamente no que diz respeito a melhora de sua qualidade de vida, declarou Quirino.


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