Quem canta seus males espanta!


Uma das atividades mais prazerosas da vida é cantar. Quem nunca se pegou cantarolando uma canção antiga, ou algum sucesso que ganhou as rádios O que pouca gente sabe é que a música, além de proporcionar momentos mais felizes e agradáveis, e talvez por isso mesmo, pode ser um santo remédio para diversos males, como estresse, depressão, distúrbios da fala, perda de memória, perda de força muscular, e baixa auto estima. Tanto que a musicoterapia, a utilização de sons e canções com objetivos terapêuticos, vem sendo amplamente recomendada desde a infância até a terceira idade.


É justamente nesta fase da vida, após os 50 anos, que este tratamento alternativo tem mostrado grandes resultados. Segundo o músico Reinaldo Araújo, graduado pela UENG, responsável pela atividade no Instituto Marília Alves, residência especializada no cuidado com idosos, que dentre outras atividades, desenvolve um trabalho musicoterápico com seus hóspedes, os benefícios são incontáveis. Em geriatria, sua função principal é reestabelecer a auto estima dos pacientes, lidando com os aspectos emocionais e melhorando o conceito que tem de si mesmo, perante os outros.

Ele explica que a música é de grande importância na vida de qualquer pessoa e com o idoso isso não é diferente. Neste sentido, seus benefícios vão desde a promoção dainteração e a socialização com outras pessoas, até a estimulação das funções motoras e cognitivas, através da percepção de diferentes ritmos, timbres, estilos e até mesmo do uso da memória musical.

Por esta razão, o trabalho musicoterápico em geriatria deve ser um pouco diferente do desenvolvido em outras faixas etárias, tendo por objetivo geral a alteração de seu comportamento e a ampliação de suas capacidades. Uma vez que este trabalho está voltado ao desenvolvimento dos processos sociais e mentais, esta atividade se diferencia das demais pela sua forma de acontecer. O idoso que está em contato com a música não se sente como um paciente, e sim como um participante efetivo da atividade, garante Araújo.

Para desenvolver a terapia, primeiramente é feita a escolha do local que deve ser propício ao desenvolvimento da oficina, bem como levar em conta os gostos e vontades dos pacientes. Araújo conta que, no Instituto Marília Alves, a atividade se desenvolve, sempre às quintas-feiras, a partir do repertório sugerido pelos próprios hóspedes, através de canções que estimulam o canto espontâneo, a memória, a apreciação e percepção musical. Todo o trabalho é feito com muito diálogo com os participantes, de maneira que a atividade seja sempre prazerosa.

O músico afirma que estes objetivos são alcançados em pouco tempo, com resultados sensacionais. É sempre bom ver o prazer nos olhos ao relembrar uma canção antiga ou apreciar um som, uma letra diferente. Cada vez mais eu sinto uma participação maior dos idosos, sinto que eles acolheram a hora da música e acredito que esse panorama irá melhorar ainda mais com o tempo.

Serviço:
Instituto Marília Alves
Rua Alfenas, 341, Cruzeiro, Belo Horizonte
www.institutomariliaalves.com.br
http://www.dinheironaconta.com/2012/11/08/quem-canta-seus-males-espanta/

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