Portugal com crescimento médio de 1,4% até 2060


A organização está também preocupada com os efeitos do envelhecimento da população.

Num relatório com perspectivas de longo prazo para a economia mundial, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) parece duvidar do efeito positivo das reformas estruturais que o país está a implementar.

Ou, pelo menos, acredita que o impacto negativo do envelhecimento da população será maior do que o efeito das reformas.

É que a OCDE aponta para um crescimento médio anual de 1,4% nas próximas cinco décadas em Portugal, ou seja, até 2060. Um valor abaixo daquele que o ministro das Finanças considera poder vir a ser o PIB potencial do país (de 2% ou acima), após terminada a reconversão da economia.

A instituição liderada por Angel Gurría não explica que tal se deva ao envelhecimento da população, mas mostra preocupação quanto ao impacto desse envelhecimento na taxa de poupança da economia, por exemplo - que será maior em Portugal do que na maioria dos países-membros da OCDE.

O relatório hoje publicado mostra-se pessimista não só no que toca a Portugal, mas quanto à evolução de toda a economia global. Nesse sentido, por exemplo, a OCDE aponta para um crescimento médio de 3% para a economia mundial até 2060. Um valor preocupante, já que a teoria económica afirma que, quando se trata da economia mundial como um todo, um crescimento abaixo dos 3% já pode ser considerado recessão.

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