Odontologia pode amenizar o envelhecimento facial




O envelhecimento chega para todo mundo. No entanto, ficar com aspecto envelhecido é uma opção apenas para quem não quer recorrer aos avanços que a tecnologia, hoje, coloca à disposição da sociedade. Na odontologia, por exemplo, não faltam opções para evitar aquele rosto murcho que, muitas vezes, proporciona esse aspecto envelhecido de forma mais precoce.

O ortodontista e ortopedista facial Gerson Köhler, de São Paulo, observa que os músculos do rosto são expostos o tempo todo a estímulos biomecânicos que podem favorecer a produção de colágeno.

Daí o fato de algumas perdas dentárias afetarem o aspecto visual, deixando a pessoa com o ar mais velho do que ela realmente tem. As alternativas são inúmeras, e nem sempre drásticas, como a cirurgia plástica, ou mesmo implantes. Um artigo publicado pela revista científica British Dental Journal sugere o uso de um aparelho que funcionaria como um Reversor de Envelhecimento Facial (REF), desenvolvido na Inglaterra. O equipamento, que não é um aparelho ortodôntico, foi criado pelo cirurgião dentista Nick Mohindra e visa a reverter o envelhecimento facial.

“Ele ajuda a reposicionar o rosto na dimensão vertical original, tonifica as fibras musculares faciais e induz a musculatura a se movimentar. Com a distensão dos músculos faciais e mastigatórios, a produção de colágeno volta ao normal, promovendo um aspecto de rejuvenescimento natural do rosto”, esclarece.

Aceitação

Para o dentista especializado em estética Gilberto Barros, de Rio Preto, o envelhecimento, por ser inerente à fisiologia humana, é inevitável. Ele observa que quanto mais bom senso se tiver antes de se optar por algum método de rejuvenescimento melhor. O dentista reconhece que existem inúmeras intervenções, mas nada se compara à aceitação do envelhecimento natural e normal.

“O que denota além de naturalidade uma mente saudável e feliz. Isso para que se evite a construção de estereótipos a serem imitados, a exemplo do que acontece com algumas celebridades que, na ânsia de beleza, adotam atitudes que beiram ao exagero”, diz.

Estresse e bruxismo

O professor de odontologia estética Luís Carlos Menezes Pires, do Centro de Odontologia Estética, de Rio Preto, observa que diversos fatores na cavidade oral podem estar relacionados ao envelhecimento facial, entre eles o desgaste dos dentes. O dentista afirma que é comum, com o estresse da vida atual, as pessoas rangerem os dentes, no chamado bruxismo, o que leva à diminuição dos dentes com o passar do tempo e a outros problemas.

“Pode gerar dor na articulação, dores musculares, deficiência na fonação, estética facial prejudicada, entre outros. E, muitas vezes, além dos desgastes, surge um espaço funcional entre os dentes que dá o aspecto de ‘boca murcha’”, diz. Pires reforça que é importante sempre a intervenção de um profissional especializado para restabelecer a dimensão perdida do rosto. Seja aumentando os dentes através de prótese, em geral livre de metal e com união química e mecânica ao dente (reabilitação oral estética), ou outra solução que se apresente viável.

O fato é que é possível restabelecer a altura dos dentes, além da estética bucal e facial, dando aspecto mais jovem à pessoa. Além disso, o dentista afirma que, desta forma, os demais problemas tendem ser eliminados (dor muscular, de articulação, fonação, etc). “Nesta situação, quando ocorre perda de estrutura dental (o paciente apresenta dentes pequenos), a primeira conduta é restabelecer a altura ideal dos dentes e um ajuste oclusal (mordida) dentro dos parâmetros técnicos ideais para uma correta articulação”, afirma.

Cada rosto tem um formato

Para o dentista estético Gilberto Barros, é importante lembrar que cada rosto possui um desenho, e o envelhecimento vai acontecer de acordo com o respectivo formato de cada rosto. “A morfologia da face humana é determinante no processo de envelhecimento”, diz. O dentista observa que também é possível melhorar a tonicidade muscular durante o envelhecimento por meio de fisioterapia e eletroestímulo. E no que se refere à produção de colágeno, é possível recorrer ao uso de suplementos alimentares e uma dieta saudável.

Deve-se fazer, na verdade, segundo sua visão, um tratamento multidisciplinar, que favoreça o ganho estético, proporcionando recursos junto à medicina estética, fisioterapia, nutrição e áreas afins. “Ou seja, buscar meios que minimizem os fatores ambientais que estejam acentuando o envelhecimento. Mas acreditar em uma solução única e isolada para resolver todos os problemas me parece utopia, ou grande interesse comercial emumassunto que gera grande interesse na população, com o devido respeito ao aparelho relatado e seu preconizador”, diz.


Oralift ‘estimula ginástica facial’
Jovialidade sem cirurgia

Por ser uma novidade, muitas pessoas estão em busca de usar o novo aparelho, Reversor de Envelhecimento Facial (REF), com resultados muito positivos. Quem afirma é o especialista Juarez Köhler, que fez um curso de atualização em Londres, com o criador do REF, ou Oralift - como é denominado o aparelho comercialmente, e que trouxe a técnica para o Brasil.

Köhler diz que o dispositivo estimula uma espécie de ginástica ativa e passiva dos músculos faciais, o que acaba por se refletir numa pele mais firme, e, com o tônus muscular fortalecido, o que acontece é uma redefinição dos contornos faciais. E como até então a alternativa imaginada para isso era apenas cirúrgica, o que tem estimulado as pessoas a buscar a solução nada invasiva é a possibilidade de recuperar a jovialidade do rosto sem sofrimentos e riscos desnecessários.

”Os efeitos são comprovados por diversos estudos científicos publicados em revistas científicas odontológicas da Inglaterra e o aparelho foi apresentado formalmente no Anti Aging London Conference 2012”, diz o cirurgião.

Para fazer uso do Oralift, é preciso antes buscar a orientação de um profissional na área. Segundo Köhler, ele pode ser usado de maneira exclusiva ou de forma integrada com outros procedimentos relativos à medicina estética. “O dispositivo é construído de acordo com as necessidades de cada paciente, ou seja, ele é personalizado. E deve ser usado dentro de um protocolo clínico orientado e controlado por meio de consultas periódicas. O tratamento tem seu ápice cerca de três anos após seu início e os efeitos são mantidos com o tempo”, diz.

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