Fratura por queda mata mais idosos do que doenças cardíacas

Sem poder sair da cama, o paciente desenvolve outros tipos de doenças. Síndrome da imobilidade tem como consequência perda de massa muscular.


O risco de um idoso morrer por causa de quedas é seis vezes maior do que por doenças cardíacas e neurológicas. Dados da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia apontam que a taxa de mortalidade após uma fratura no fêmur é de 15% a 20% um ano após a queda. Sem poder sair da cama, o paciente fica mais propenso a ter pneumonia, trombose, depressão, entre outros problemas de saúde.
Uma das consequências da chamada síndrome da imobilidade é a perda da massa muscular, explica a médica geriatra Cecília Tardelli. “Ele chega a perder 5% diariamente, isso vai deixar o paciente mais debilitado, vai proporcionar o aparecimento de feridas”.
Um degrau pode se tornar um grande obstáculo e representar perigo. Há um ano, a dona de casa Antonieta Panza levou um tombo dentro de casa e ficou três meses sem andar. “É um perigo, eu morro de medo de cair outra vez. Não desejo a ninguém o sofrimento que passei”, contou.
O tratamento costuma ser complicado e a recuperação demorada. A rotina do paciente muda. “Vai precisar mudar a dieta que ele estava acostumado, a consistência dela, a quantidade de proteínas, de carboidratos, então é uma situação bem delicada”, ressaltou a médica geriatra.
Para evitar quedas, é bom estar com a musculatura em dia e fazer exercícios com orientação. “Ficar parado faz com a gente adquira doenças que são da própria idade”, disse o aposentado Pedro Meo.
Antonieta Panza caiu em casa e ficou três meses sem poder andar

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