ENVELHECIMENTO


A médica dermatologista Giana Martins Campoi dá dicas para evitar alterações precoce na pele

Uma das principais preocupações das mulheres contemporâneas é com a pele. Uma face jovem destaca-se por sua coloração homogênea e viva, contorno dos lábios bem definidos, com volume, supercílios bem marcados e arqueados, além da linha mandibular linear. No decorrer do envelhecimento, ocorrem alterações morfológicas e funcionais tanto na pele como no tecido gorduroso, no plano muscular e ósseo.

O envelhecimento cutâneo decorre de dois fenômenos distintos: o envelhecimento cronológico, evolução natural do tempo sujeito a influências genéticas, e o envelhecimento extrínseco, causado por fatores ambientais tais como a exposição solar, tabagismo, estresse, contrações musculares recorrentes e oscilações de peso.

Alterações
Enquanto na juventude a cútis consegue corrigir naturalmente as alterações provocadas pelos fatores ambientais, na maturidade já não é mais possível reverter esses danos. Ao redor dos 30 anos de idade inicia-se a diminuição progressiva da espessura e da elasticidade da pele. Usualmente, os sinais de envelhecimento iniciam-se com a evidência de rugas dinâmicas em torno dos olhos, consequência de mais de 1.500 contrações faciais, que marcam a epiderme na forma de linhas finas e rugas de expressão. Ocorre também o aparecimento de rugas dinâmicas glabelares e frontais (testa), flacidez do pescoço e face, excesso de pele e gordura na região mandibular, queda da ponta nasal, atrofia com maior exposição dos vasos cutâneos e acentuação das bolsas de gordura malares.

Cabelos
Dos 25 aos 41 anos, inicia-se o aparecimento de fios descoloridos, sendo que aos 50 anos de idade, a maioria das pessoas apresentam 50% dos seus pelos brancos. Os folículos estão diminuídos em número, e assim, a espessura do pelo têm crescimento mais lento, e a fase telógena é maior. A calvície piora progressivamente com a idade, tanto em homens como em mulheres.

Envelhecimento acelerado
Fatores extrínsecos, como a exposição solar, causam lesão de dano e aceleram o processo de envelhecimento cutâneo, resultando em rugas profundas, pele espessada, amarelada, seca, manchas, vasos evidentes, lesões pré-malignas e maior ocorrência de câncer de pele. Esses fatores correspondem a 85% das rugas presentes na pele envelhecida, e se devem principalmente pela exposição à radiação ultravioleta A e B, o que torna de extrema importância o uso da fotoproteção diária de amplo espectro (UVA/UVB) em todos os indivíduos.

Outro fator importante se relaciona ao tabagismo, que compromete a microcirculação sanguínea da pele e aumenta a proporção de radicais livres, resultando em uma pele mais seca e fina, de menor luminosidade e com rugas mais profundas. Além do cigarro, outros fatores, como o consumo excessivo de álcool, estresse, a poluição, alimentos industrializados – ricos em gorduras saturada, e a radiação UV são também responsáveis por maior atuação dos radicais livres.

Assim, um estilo de vida saudável, com o controle do estresse, a prática de exercícios físicos e uma alimentação balanceada, rica em vegetais e alimentos antioxidantes – que conseguem reduzir a concentração de radicais livres – são práticas que, ao lado da proteção solar, contribuem decisivamente para prevenir o fotoenvelhecimento.

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