O que conta mais: genética ou estilo de vida?


Busca pela longevidade tem motivado avanços incríveis na medicina, mas hábitos saudáveis podem garantir um viver com qualidade
Pelo menos 50% da longevidade de uma pessoa está relacionada ao seu estilo de vida. À herança genética cabe 30% desta responsabilidade e os outros 20% são relacionados ao ambiente em que a pessoa vive. Portanto, quanto mais doenças for possível prevenir ao longo da vida, melhor será o envelhecimento, alerta o médico cardiologista, geriatra e diretor do Instituto Longevità, Roberto Miranda, durante o lançamento recente do ”Programa Melhor Idade” da Pfizer em São Paulo.
De acordo com ele, não é a idade que faz diferença na qualidade de vida de uma pessoa, é a qualidade clínica em que ela se encontra. ”Isso depende dos níveis relacionados à atividade intelectual e motora dos idosos”, afirma o cardiologista. Atualmente, diz o geriatra, a maior questão em torno dos dados que concretizam o envelhecimento da população está na qualidade de vida dos idosos.
Entretanto, as doenças crônicas fazem parte da vida da maioria dos idosos brasileiros. Os números da pesquisa indicam que apenas 28,4% dos homens e 18,5% das mulheres com mais de 60 anos afirmam não ter doenças crônicas. As principais causas de morte de idosos no Brasil são doenças do aparelho circulatório, seguidas por tumores e doenças do aparelho respiratório.
”Os avanços tecnológicos e o acesso a medicamentos favoreceram o aumento do tempo de vida dos brasileiros”, acrescenta Roberto Miranda, lembrando que o envelhecimento normal, ou senescência, não compromete as condições habituais de vida do indivíduo. No entanto, o envelhecimento mais comum é acompanhado de doenças e chamado de senilidade. ”O envelhecimento é a cada dia e não é doença, hábitos de vida saudáveis permitem mais senescência e menos senilidade”, declara.
Como o processo de envelhecimento é fisiológico, o corpo humano passa por alterações físicas e químicas. Dos 25 para os 70 anos o indivíduo tem duas vezes mais gordura, por outro lado apresenta redução da quantidade de água, redução dos tecidos sólidos e redução da quantidade de cálcio nos ossos. ”Essas mudanças abrem possibilidade para alguns problemas que interferem em vários fatores, inclusive na ação de medicamentos, que passam a funcionar de maneira diferente em um adulto e em uma pessoa idosa”, esclarece o médico.
O cardiologista acrescenta que o risco de efeitos colaterais de medicamentos é maior entre os idosos e que a redução na quantidade de água do organismo torna o indivíduo mais vulnerável a adversidades.
O organismo atinge a sua capacidade máxima de funcionamento em torno dos 20 anos de idade e as alterações do envelhecimento começam em torno dos 30 anos. O médico disse que a alimentação balanceada, atividade física e um estilo de vida saudável reduzem as perdas do organismo com o passar dos anos. ”Quem tem uma vida ativa tem menores riscos de apresentar doenças em decorrência do envelhecimento”, destaca.
O objetivo do ”Programa Melhor Idade” da Pfizer é promover aos interessados a conscientização sobre diversas doenças, dicas de envelhecimento saudável, informações sobre o Estatuto do Idoso e desconto progressivo em alguns medicamentos. Podem participar do programa pessoas com mais de 55 anos. Para receber o material é preciso consultar um médico e com a receita médica nas mãos fazer o cadastro pelo telefone 0800-167575. Fazem parte do programa medicamentos nas áreas de cardiologia, urologia, psiquiatria e ortopedia, os descontos variam de 30% a 40%. (M.A.) 

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