Mudança de comportamento ajuda a envelhecer de forma saudável


Na avaliação do Conselho Federal de Medicina (CFM), o aumento da longevidade não decorre de tratamentos específicos, mas de uma mudança de atitude, que inclui a adoção de hábitos saudáveis, como melhor alimentação, prática de esportes, abandono do tabaco e uso limitado do álcool, entre outros pontos. “Estão vendendo ilusão de antienvelhecimento para a população sem nenhuma comprovação científica e que pode fazer mal à saúde. Com a idade, o metabolismo mais lento e a ingestão de algumas substâncias podem aumentar o risco de várias doenças”, alerta a geriatra Elisa Franco Costa, que auxiliou na pesquisa do CFM.

Para a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), a resolução irá proteger a população de danos à saúde que vão desde o aumento da toxicidade no organismo até casos de câncer. E servirá de alerta à população, que precisa

saber que na verdade não há fórmula capaz de evitar os impactos da idade além da mudança de hábitos de vida e acompanhamento preventivo ou terapêutico.

Entre as diferentes técnicas para deter o envelhecimento, a principal crítica se detém sobre a reposição hormonal e a suplementação com antioxidantes (vitaminas e sais minerais). De acordo com a nota do CFM, a adoção desses métodos não gerou, até o momento, resultados confirmados por estudos científicos. O Conselho chegou à conclusão de que há grande possibilidade de a adoção indiscriminada dessas terapias provocar danos permanentes, inclusive contribuindo para o aumento do risco de câncer em determinados pacientes. Isto porque prescrever hormônio do crescimento para “rejuvenescer” um adulto que não tem deficiência dessa substância é submetê-lo ao risco de desenvolver diabetes e até neoplasias. (TM)

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